O bom: Ver os gatos pingados na sala rachando de rir da cena em que a “mulher cabeluda” mata uma vítima numa cabine telefônica. (Ooooh, contei um spoiler!) Humor involuntário é sempre ótimo quando você está detestando um filme.
O mau: É incrível como o clichê da “mulher cabeluda” perdeu totalmente o fator susto em tão pouco tempo. Também, com tantos filmes asiáticos de terror chegando até nós praticamente duas vezes por ano (já que basta ser apenas um pouco acima da média para ser refilmado), não poderia ser diferente.
O feio: Esse Takashi Shimizu deveria tomar vergonha na cara e ir caçar outra profissão. O sujeito só sabe fazer o mesmo filme desde que decidiu o que queria ser quando crescesse! É provavelmente o diretor mais picareta dos últimos anos. E ele não só não se cansa de contar sempre a mesma história, como também consegue a proeza de criar três tramas que, juntas, não dão UMA interessante. E o Sam Raimi deve estar cego com a franquia Homem-Aranha para andar apoiando essas porcarias (afinal, além dos Gritos, tivemos a pérola O Pesadelo!). Sua Ghost House Pictures está se saindo tão bem quanto a Dark Castle do Robert Zemeckis. Bem mal.
Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.