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Flags of our Fathers

Apesar das comparações que vão rolar, “Flags of our Fathers” é bem diferente de “O Resgate do Soldado Ryan”. A desnaturação das cores está lá. Mas o tom é diferente. Aproxima-se mais de “Além da Linha Vermelha”.

Tratando-se da tomada de Iwo Jima pelos americanos e a famosa fotografia dos soldados posicionando a bandeira americana no topo da colina, “Flags of our Fathers” (“A Conquista da Honra,” no Brasil) é um filme sobre a diferença entre heroísmo e sobrevivência. Apesar de “O Resgate do Soldado Ryan” também tratar do mesmo tema, Eastwood se diferencia daquele filme ao demonstrar a culpa que aqueles que sobrevivem sentem em relação aos que morreram. E também a relação entre os que estão em guerra e os que estão vivendo na guerra.

O tom nostálgico que corre todo o filme tem um motivo necessário, porque ele é contado do ponto de vista do filho de um dos homens fotografados levantando o mastro com a bandeira em Iwo Jima, tendo também uma narração semelhante a de “Menina de Ouro,” apesar de que este segue uma narrativa linear, enquanto “Flag of our Fathers” não o faz.

É impressionante ver o que Eastwood faz com “apenas” US$ 55 milhões de dólares. É simples, se usarmos como compação o que Michael Bay fez com “Pearl Harbor” cinco anos atrás, com quase o triplo do orçamento disponibilizado a Eastwood. CGI é utilizado necessariamente e a escalação do elenco é excelente. Excelente filme que mostra uma história interessante, talvez mais interessante ainda quando for assistido lado a lado com “Letters From Iwo Jima,” a versão japonesa da história também pelo mesmo diretor.

Espero que Eastwood não venha roubar o Oscar de Martin Scorcese. Afinal de contas, Clint, você já tem dois. Deixa o Tio Marty ganhar dessa vez!

Flags of Our Fathers (2006, EUA), dir.: Clint Eastwood – 1º de dezembro nos cinemas brasileiros

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