Não me levem a mal os fãs do família número um do universo Marvel (e eu sou um marvete de carteirinha, desde pequeno), mas este é um filme raso, engraçadinho, com péssimas interpretações. A única coisa que se salva é a química entre o Tocha Humana e o Coisa – que está um pouco diferente do primeiro filme, pois agora parece estar mais à vontade com o seu destino.
É bom ver o Quarteto utilizando seus poderes com mais freqüência, mesmo que o Tocha roube todas as cenas em que apareça, graças ao carisma que Chris Evans injeta ao personagem. A subutilização do Dr. Destino e do Sr. Fantástico são irritantes. Mas fazer o quê?
Meu cérebro me perguntou a certa altura se era necessária a presença de Laurence Fishburne como a voz do Surfista Prateado, grande criação dos mestres Jack Kirby e Stan Lee para a Marvel nos anos 60. Isto porque a voz de Fishburne nos faz lembrar o Morpheus da trilogia “Matrix” o tempo todo, até porque o ator usa a mesma cadência na voz ao dublar o Surfista.
Mas mesmo o Surfista Prateado, o grande filósofo das galáxias, foi condensado de tal maneira neste filme, que ele poderia muito bem ser outro personagem. Não existe o mesmo respeito dado ao Surfista como em “A Força do Amor”, de Jim McBride, onde Richard Gere venera o personagem e suas filosofias. A presença do Surfista na tela do novo “Quarteto” só tem um simples motivo: a concepção de um filme solo do personagem no futuro próximo.
É um sinal triste de que a Marvel anda perdendo a mão este ano com seus filmes. Veremos o que o futuro reserva.
Ops… Acho que esqueci meu cérebro no cinema…