Filmaço. Épico, para dizer o mínimo. O que Christopher Nolan, seu irmão Jonathan e também David Goyer (co-autor do argumento) conseguiram fazer com a boa e velha dinâmica da rivalidade entre Batman e o Coringa é algo que não está no gibi, literalmente. Filme genuinamente adulto, muito mais para o lado do thriller policial do que do simples filme de super-herói. Numa comparação meio boba, é como se este “The Dark Knight” fosse uma graphic novel encadernada, com capa dura e tamanho especial, dessas que encontramos apenas em livrarias, enquanto as demais adaptações de HQ (por melhores que sejam) dividem a mesma prateleira em bancas de jornal. Creio que quem gostou de “Batman Begins” só vai ter o que comemorar.
Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.