Mas vamos falar do Rio. Como de costume, foi uma dor de cabeça montar a programação. Ainda mais porque ficarei poucos dias (pretendo voltar posteriormente, mas será no esquema do bate-volta). E ao contrário do que li algumas pessoas comentarem, não achei a seleção deste ano pouco empolgante, não. Considerando que os filmes quentes de Cannes estão no line-up, e que eu vou conseguir ver pelo menos cinco deles neste fim de semana, acho que está de muito bom tamanho.
Algumas ausências são muito sentidas, claro. Onde está “Changeling”, de Clint Eastwood? E a Palma de Ouro, “Entre les Murs”, de Laurent Cantet? Sem falar em “The Wrestler”, de Darren Aronofsky, que ganhou Veneza, e “Slumdog Millionaire”, do Danny Boyle, vencedor de Toronto. “Garapa”, novo doc do José Padilha”, acabou caindo. O chinês-brazuca “Plastic City”, que foi vaiado em Veneza e tem a deusa Tainá Müller no elenco, não entrou também – mas este deve estar garantido para São Paulo, já que foi rodado lá.
De qualquer forma, não há nada que uma sessão surpresa à meia-noite não resolva. Nunca me esquecerei da oportunidade de ver “O Segredo de Brokeback Mountain” em primeira mão em 2005, sendo que o filme não estava programado inicialmente. Aliás, os cinéfilos já devem estar na expectativa por “Che”, o épico de Steven Soderbergh sobre Che Guevara, que ainda não está com horários confirmados, mas consta na lista divulgada para a imprensa.
Bom, abaixo estão os filmes aos quais pretendo assistir neste primeiro fim de semana. Não coloco os dias e horários, porque pode/deve haver alguma mudança ou imprevisto em cima da hora. Mas, seja como for, estar aqui diante deste imenso cardápio já é uma grande satisfação. Prometo compartilhar minhas impressões na medida em que eu for assistindo a tudo.
Bom Festival a todos!
“O Bom, o Mau, o Bizarro”, de Kim Jee-Woon
“Casa Negra”, de Shin Terra
“Um Conto de Natal”, de Arnaud Desplechin
“A Festa da Menina Morta”, de Matheus Nachtergaele
“Fomos à Terra dos Sonhos”, de Guo Xiaolu
“Gomorra”, de Matteo Garrone
“Já Que Nascemos”, de Jean-Pierre Duret, Andréa Santana
“O Julgamento”, de Leonel Vieira
“Liverpool”, de Lisandro Alonso
“Um Lugar Chamado Brick Lane”, de Sarah Gavron
“Meu Marlon e Brando”, de Hüseyin Karabey
“Queime Depois de Ler”, de Ethan e Joel Coen
“Rinha”, de Marcelo Galvão
“Sinédoque, Nova York”, de Charlie Kaufman
“Sob a Mesma Lua”, de Patricia Riggen
“Sujos e Sábios”, de Madonna
“Última Parada 174”, de Bruno Barreto