O casal de protagonistas formado por Richard Gere e Diane Lane (que já fizeram marido e mulher em “Infidelidade”) funciona, embora alguns diálogos sejam bastante piegas (e põe bastante nisso), fazendo com que s dois aparentem certo desconforto em cena. Cortesia dos roteiristas Ann Peacock (“As Crônicas de Nárnia”) e John Romano (“O Terceiro Milagre”), que adaptaram o livro de Nicholas Sparks (também autor de “Uma Carta de Amor” e “Um Amor Para Recordar”).
O mais estranho de tudo é ver Christopher Meloni (o detetive Elliot de “Law & Order SVU”) no minúsculo papel de ex-marido da personagem de Diane Lane, com lentes de contato azuis. Ele quase não aparece no filme, então que diferença faz a cor dos olhos? Não sei se isso aconteceu porque eu já o tinha visto diversas vezes na série, mas estava óbvio que aquele belo tom de azul era artificial. Fora isso, foi interessante reparar na reação da platéia e ver que mesmo muito envelhecido (com carinha de vovô, daqueles cheios de saúde, mas com cabelos brancos que os condenam) Richard Gere continua arrancando suspiros.
O final até emociona um pouco, mas tem alguns momentos bastante previsíveis e muitos clichês. Ou seja, “Noites de Tormenta” tem o desfecho perfeito para esse gênero de filme e deve ter sucesso garantido entre os telespectadores que não agüentam mais ver filmes repetidos, da época em que John Travolta ainda era magro.
direção: George C. Wolfe; com: Diane Lane, Richard Gere, Christopher Meloni, Viola Davis, Scott Glenn, Pablo Schreiber, Mae Whitman, Charlie Tahan; roteiro: Ann Peacock, John Romano (baseado no livro de Nicholas Sparks); produção: Denise Di Novi; fotografia: Affonso Beato; montagem: Brian A. Kates; música: Jeanine Tesori; estúdio: DiNovi Pictures, Village Roadshow Pictures, Warner Bros. Pictures; distribuição: Warner Bros. 97 min