“Última Parada 174” ficou de fora, o que deve ter deixado Bruno Barreto cabreiro. Afinal, ele deve estar contando só com as indicações mesmo, porque achar que vai ganhar é dar tiro no ar. No Globo, os mais fortes, eu suponho, são “Gomorra” e “Waltz With Bashir” – que acabou ficando de fora da categoria Melhor Animação e deixou o caminho livre para “WALL•E” pegar o troféu.
Como sempre, entre os indicados a Melhor Filme, fica difícil apostar aqui no Brasil sem ser no chutômetro, já que a maioria dos filmes ainda não estreou (aliás, só os críticos que trabalham nos EUA ou foram aos principais festivais do mundo tem o conforto imediato de poder analisar os méritos ou deméritos dessas nomeações). De toda forma, temos aí escolhas óbvias na categoria Drama: “Benjamin Button”, “Revolutionary Road”, “Slumdog Millionaire”, “The Reader” e “Frost/Nixon”. Já na categoria Comédia/Musical, aparecem “Vicky Cristina Barcelona” e “Happy-Go-Lucky” intimidando os demais – entre eles, inexplicavelmente, “Mamma Mia!”. Entendo o gosto de muitos pelo filme, mas daí a considerá-lo um dos melhores do ano é de lascar.
Ah, e a Meryl Streep com duas indicações já virou piada velha. Minha torcida fervorosa vai para Rebecca Hall, por “Vicky”, e Kate Winslet, por “Revolutionary Road”. Entre os machos, sem preferência, mas seria legal ver Javier Barden e Mickey Rourke ganharem.
Direção: pode ganhar qualquer um menos Ron Howard. Trilha Sonora: tanto faz, já que não indicaram “Batman – O Cavaleiro das Trevas” ou “WALL•E”.
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Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.