“Chaplin sempre foi um gênio criador de imagens que perduram no imaginário de qualquer pessoa, seja ela cinéfila ou não. De todos os seus filmes, O Grande Ditador talvez seja aquele que mais possua “cenas famosas”, que praticamente criaram uma vida própria fora do roteiro, existindo isoladamente. A briga para ver quem fica numa posição mais alta na cadeira de barbeiro. O discurso absolutamente hilariante do ditador hitleriano. O sublime balé com o globo terrestre. E quando você já se deu por satisfeito com imagens tão inesquecíveis, o mestre ainda surpreende com suas palavras – desta vez não para serem lidas na tela, mas, sim, ouvidas e gravadas na história do cinema como o momento em que criador e criatura se confundem em seus papéis: aquele é Chaplin? Ou aquele é o tão querido “Little Tramp” falando pela primeira e última vez? Um filme com uma mensagem, sim. E uma mensagem que nunca deixou de ser atual e bela”
Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.