O protecionismo das premiações americanas não permitiria que “A Fita Branca” fosse indicado ao troféu de Melhor Filme no Globo de Ouro ou liderasse as apostas para o Oscar. De qualquer forma, a vitória de Michael Haneke no Globo de Ouro deste ano como Melhor Filme em Língua Estrangeira foi de suma importância para que o filme ganhasse destaque comercial. Mesmo antes da premiação, a distribuidora Imovision já havia antecipado o lançamento de 12 de março para 12 de fevereiro no Brasil. A Palma de Ouro já seria suficiente para que o filme estreasse bem antes por aqui (inicialmente, a previsão era para dezembro passado), mas o Globo vem em boa hora para firmar a data no calendário.
Só uma observação: que coisa mais esquisita foi a direção da transmissão televisiva do Globo de Ouro ter mostrado Arnold Schwarzenegger no momento do discurso de Haneke, que também é de origem austríaca. Entendi a intenção da ligação, mas não pude deixar de rir ao imaginar como seria Schwarza em “Caché” ou “Violência Gratuita”. Ou Haneke dirigindo “O Exterminador do Futuro” ou “Conan”. Devaneio que tornou a noite mais divertida.