Foram apresentados os 59 primeiros minutos do filme (tortura para qualquer um ver as coisas pela metade), ainda em forma inacabada. Algumas cenas estavam quase 100% renderizadas, outras ainda em estado de pré-visualização (sem movimentos completos ou mesmo cores inseridas). Duas ou três sequências foram mostradas em storyboards.
Você tem que concordar que esta não é a forma ideal de se ver um filme, ou parte dele. Mas, mesmo assim, “Como Treinar Seu Dragão” me pareceu divertido. Deve ser um bom sinal de que o filme finalizado será bom. É algo como uma história que poderia ser contada no universo de “Shrek”, fazendo piada com estereótipos do gênero fantasia (humor típico das animações da DreamWorks). A diferença é que o universo não é tão piadista quanto o do ogro. A trama envolve uma comunidade viking que se esforça para livrar suas fazendas da “praga” dos dragões (que existem dos mais variados tipos e tamanhos, ideais para a inevitável linha de brinquedos).
O que mais gostei, no entanto, foi a relação do protagonista, o garoto Hiccup (“Soluço”, no Brasil) dublado por Jay Baruchel, com o dragão que ele tenta capturar para deixar o pai orgulhoso. Lembra um pouco “O Corcel Negro”, um clássico da minha infância.
A estreia de “Como Treinar Seu Dragão” está logo aí, em 26 de março. Haverá cópias 3D dubladas e legendadas, de acordo com o que nos foi passado. Também haverá cópias 35mm, com legendas em praças selecionadas.
Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.