Jar Jar, o mais caricato, incoveniente, desajeitado e tolo de todos os personagens de “Star Wars”, é eleito senador no segundo episódio, “Ataque dos Clones”.
Num dos momentos cruciais do longa, e de toda a história que move “Star Wars”, é dada a palavra a Jar Jar.
É essa decisão anunciada por ele que inicia a ascensão de Palpatine ao poder e a transformação da República em Império. O que acontece depois todo mundo já sabe.
Jar Jar foi criado para ser o alívio cômico de “Star Wars”. É, ao mesmo tempo, um personagem desastrado e desastroso, ironicamente usado por George Lucas como porta-voz da destruição da democracia naquela galáxia muito, muito distante.
Aqui no Brasil, agora só nos resta torcer pelo melhor, ou menos pior. O que podia ser feito para não levar um Jar Jar para o Congresso já era.
“A eleição de Tiririca comprova que o povo brasileiro tá de saco cheio da realidade e prefere votar no personagem. Optamos pela ficção.” José Eduardo Belmonte, diretor de “Se Nada Mais Der Certo” e “A Concepção“, no Facebook.
Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.