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Onde Está a Felicidade?

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Em seu terceiro filme na direção, Carlos Alberto Riccelli novamente coloca a esposa, Bruna Lombardi, num papel principal – tanto atrás quanto na frente das câmeras. Se em seu filme anterior, “O Signo da Cidade”, Riccelli filmou a mulher no papel de uma astróloga (papel escrito por e para ela mesma, diga-se de passagem), agora ele a vê como uma apresentadora de um programa de culinária que descobre estar sendo traída pelo marido, interpretado por Bruno Garcia. É quando ela decide partir numa viagem em busca de si mesma e vai à Espanha para percorrer o Caminho de Santiago de Compostela.

 

A trama lembra a de um recente romance protagonizado por Julia Roberts, chamado “Comer, Rezar e Amar”. Só que “Onde Está a Felicidade?”, assim como 90% do que se faz no cinema para grandes públicos no Brasil, deixa o drama de lado e investe naquele humor típico de seriados da Rede Globo, cheio de trocadilhos pífios e piadas sexuais – tudo escrito por Bruna Lombardi, que assume sozinha o crédito do roteiro.

 

E aí você começa a ver Bruna, cuja beleza parece ser invencível à passagem do tempo, se prestando a um papel cômico um tanto constrangedor, e pensa logo que “Onde Está a Felicidade?” pode não passar de um daqueles projetos de ego. O marido filmando a mulher, que queria viajar e mostrar pra todo mundo o quão belo é o interior da Espanha – e, posteriormente, sem maiores explicações, o interior do Piauí.

 

O passeio turístico é belo, e Riccelli ao menos mostra que sabe filmar bem, auxiliado pelo fotógrafo Marcelo Trotta. Já o filme não faz mais do que um episódio mal resolvido de “Sex and the City” não seja capaz de fazer melhor.

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