Numa época em que se fala (mais uma vez) sobre a "morte do cinema", a série "Black Mirror" mostra que a sétima arte não se esgotou. Pelo contrário: ela se renovou e explora novos meios e formatos, neste caso discutindo a nossa relação com as novas tecnologias em um futuro muito próximo da nossa realidade.Dando início a este projeto que está sendo tocado com muito carinho aqui no cinematório, nós conversamos sobre os temas acima com Artur Costa, roteirista, mestrando em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e cofundador da produtora de vídeo Ciclus.

    cinematório café #1: Admirável Mundo Novo

    Renato Silveira e Kel Gomes·

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    Numa época em que se fala (mais uma vez) sobre a “morte do cinema”, a série “Black Mirror” mostra que a sétima arte não se esgotou. Pelo contrário: ela se renovou e explora novos meios e formatos, neste caso discutindo a nossa relação com as novas tecnologias em um futuro muito próximo da nossa realidade.

    Dando início a este projeto que está sendo tocado com muito carinho aqui no cinematório, nós conversamos sobre os temas acima com Artur Costa, roteirista, mestrando em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e cofundador da produtora de vídeo Ciclus.

    O texto que abre o programa é de autoria de Marcello Dantas, curador da exposição ComCiência. Saiba mais no fim da página.

    O cinematório café é um podcast produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

    A edição e a mixagem de som são do Eduardo Garcia.

    Visite e conheça os nossos parceiros:

    Academia do Café  Coletivo Libertad

    Hyperlinks deste episódio:

    — What If 2016 Is Actually The Year That Saves Cinema? (The Playlist)

    — Sobre “Black Mirror”:

    — Sobre “Admirável Mundo Novo”:

    — Sobre a exposição “ComCiência”:

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    16 Responses

    1. Eu vou escrever aqui pq não sei mais onde escrever, na verdade. Queria dizer que eu comecei a ouvir o podcast do cinema em cena qdo já estava na fase da Stephania, mas qdo eu descobri o podcast e me apaixonei por ele, eu voltei para ouvir os anteriores. Não ouvi todos, pois ainda tenho guardados alguns de filmes ou diretores q só pretendo ouvir depois de ter assistido aos filmes. Me conectei tanto com o podcast, em especial com a Stephania, o Renato e a Ana Lúcia, que quando fiquei sabendo que ele iria acabar, caí num luto prévio tão pesado que abandonei TODOS os podcasts q eu acompanhava na época. Não consegui ouvir o último episódio, fiquei sabendo do cinematório café e do feito por elas e também não consegui começar a ouvir. Loucura, né. Mas realmente fiquei muito triste com a notícia e não consegui lidar com ela, então guardei numa caixinha para lidar depois.
      Foi o Twin Peaks e a minha ânsia de buscar por discussões sobre a série que me fizeram finalmente ouvir o cinematório café e quebrar essa barreira q eu criei.
      Finalmente, tomei coragem e ouvi os últimos cinema em cena, e hoje ouvi o último. Apesar de já ter “aceitado” o fim, ainda chorei ouvindo a despedida da Isabel, q foi muito emocionante e a do Renato nem se fala. Cheguei à conclusão de q foi bom eu ter esperado tanto, pq acho q se eu tivesse ouvido na época, iria me acabar de chorar do começo ao fim. E chorar por 3h seguidas, quem curte? Hahaha
      Enfim, era só isso mesmo, um desabafo. E também um agradecimento, não só pelo cinema em cena ter existido e me ensinado tanta coisa, mas um agradecimento agora a Renato e Raquel que estão me proporcionando essa nova experiência com o cinematório café. “Já” comecei a ouvir os podcasts q eu perdi, comecei por esse primeiro do Black Mirror, que ficou excelente!! Vocês são foda, os dois! Parabéns e obrigada!

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      1. Nem sei o que dizer. Só amor e uma vontade de te abraçar! O Podcast Cinema Cena é mesmo muito especial. E fico feliz que eu tenha contribuído um pouquinho com a história dele. Mais feliz ainda que agora eu e o Renato temos nosso projeto pessoal e que ele também te faça tão bem. E olha, só, Twin Peaks é tão maravilhosa que até provocou um enfrentamento importante e necessário pra você! Porque o fim do Podcast Cinema em Cena também significou um recomeço de cada um da equipe em novos projetos e novos conteúdos, dos quais você pode continuar a acompanhar. E vez ou outra os encontros continuam porque mais do que uma equipe, o Cinema em Cena formou amizades, companheiros. Então estamos sempre conectados. Obrigada por todo carinho, Tha!

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    2. E aé Renato Blza?

      Olha eu aqui também. Estou tão fora das Redes Sociais ultimamente devido ao último semestre da Faculdade, estava atolado, e só agora descobri o Podcast. Excelente iniciativa. Gostei demais ainda mais começando com Balck Mirror.

      Ainda não terminei a terceira temporada devo terminar essa semana. Mas me apaixonei pela série. E interessante que tinha pensado justamente que todas as histórias dariam alguns bons filmes.

      Meu episódio favorito é White Bear, achei sensacional você não saber nada e ir aos poucos você vai descobrindo junto com a personagem principal. Mas o que mais me pegou foi Shut Up and Dance porque é simplesmente a nossa realidade próxima. Parece que é algo que acontece ao nosso lado.

      Depois de terminar posso fazer um ranking aí volto aqui.

      Vi uma matéria num site que mostra uma ligação entre os episódios: http://www.diasdecinefilia.com/single-post/2016/10/27/Black-Mirror-quatro-conex%C3%B5es-entre-os-epis%C3%B3dios

      Abraços

      Davi

      Responder

      1. Grande Davi! Que bom que você nos encontrou e está curtindo o novo podcast. Espero que continue nos acompanhando. :)

        “Black Mirror” é fascinante e viciante mesmo. Os dois episódios que você curtiu mais também estão entre os meus favoritos. “Shut Up and Dance” me deixou de queixo caído.

        Gostei do post que você linkou. Eu tinha percebido algumas conexões entre alguns episódios, mas nada do que foi listado ali. Obrigado! E grande abraço!

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    3. Renato e Raquel, eu que também já estava “órfão” de podcasts para me acompanhar nas viagens, fiquei muito feliz com o retorno de vocês. O formato está muito bom, com a duração adequada e muito bem produzido, além do papo ter ficado muito interessante mesmo. E também gostei da sugestão do ouvinte acima, de usar esse som de fundo da cafeteria – ficaria como uma bela marca registrada :)

      A escolha do tema também foi fantástica, sou fã de Black Mirror desde a primeira temporada e embora tenho gostado muito da terceira, acho que o abandono do tom mais pesado e lúgubre (que foi citado por vocês) também enfraqueceu um pouco o impacto dos episódios, principalmente se comparado com a segunda temporada, que ainda é imbatível.

      Sobre sua última observação, de fato se em termos de linguagem a TV realmente está tão boa (senão melhor), o cinema para se vivenciar em uma sala específica, no escuro e com a telona ainda é uma experiência insubstituível. Moro no interior do RJ e as opções são pequenas, mas em dezembro volto a minha querida BH (depois de cinco anos fora) e vou poder curtir mais o cinema como se deve. e, se possível, visitar a Academia do Café.

      Continuem assim e parabéns pelo trabalho!

      Responder

      1. Maravilha, Mario! Feliz por você ter gostado do programa e por estar retornando a BH. :) Legal você querer conhecer a Academia do Café. Você vai adorar. É um programa ótimo: ver um filme e tomar um café, ou vice-versa. Bom que lá fica no meio do caminho, entre o Boulevard e o Pátio Savassi. Muito obrigado pelo comentário e pela audiência. Abraço!

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    5. Raquel e Renato, um grande salve e vida longa ao Cinematório! O podcast começou muito bem e já estou curioso para os próximos temas e bate-papos. As segundas-feiras de nós ouvintes certamente ficarão mais interessantes daqui pra frente.

      Sobre o tema desta primeira edição, percebi que sou bastante relutante em aceitar logo de cara novos formatos e tecnologias. As séries de TV alcançaram um patamar invejável e eu demorei para entender e aceitar isso. Logicamente, não dá pra negar que o Cinema é uma arte que transcende formatos e tecnologias, e é justamente por isso que precisamos frequentemente repensar tudo e entendermos que a linguagem está acima de qualquer outro fator. A graça, aliás, é constatarmos que essa mesma linguagem também é alterada a todo momento dentro do contexto inventivo da contemporaneidade. Entretanto, e lanço aqui um questionamento, seria possível identificarmos a essência do dito Cinema? Essência que, aliás, poderia ser utilizada como uma espécie de bússola para que não percamos o prumo ao olharmos para um vídeo/filme e compreendê-lo ou não enquanto Cinema? Faço esta pergunta porque recentemente me confrontei com um curta-metragem exibido no Festival do Rio composto única e exclusivamente por vídeos do aplicativo Snapchat. O filme se chama “Love Snaps” e se trata de uma colagem de vídeos “engraçadinhos” que tem como base um relacionamento amoroso. Sinceramente não posso nem afirmar que enxerguei nele um filme propriamente dito, o que me deixou completamente encucado. Não que ele não o seja, mas sua construção narrativa me pareceu outra linguagem que não a do Cinema (e isto não perpassa pelo simples fato de ser um registro através de um aplicativo). A discussão do podcast reacendeu novamente essa minha inquietação e gostaria de ouvir a opinião de vocês e dos outros ouvintes, seja num próximo programa ou mesmo por texto aqui no site.

      Abraços e até.

      Responder

      1. Interessante, Leandro. Fiquei curioso para assistir a esse curta. Precisava ver para poder te responder com mais embasamento. Você tem mais informações sobre ele? Obrigado pelo comentário e pela audiência! Abraço!

        Responder

    6. Parabéns Renato e Raquel!

      A volta do Podcast é muito bem-vinda e o conteúdo continua excelente!

      Chamou muito a atenção da nova formatação do site, com os hiperlinks, playlist, youtube, etc. Deu uma cara nova e enriqueceu a experiência.

      O roteiro também muito bem elaborado, com o texto de abertura bastante legal (já tinha visitado a exposição em Brasília), além da ligação com Admirável Mundo Novo e Black Mirror. E a questão da “qualidade” do cinema e das (novas) séries de TV.

      A indicação do parceiro Academia do Café também me deixou com muita vontade de conhecer a casa. Na próxima ida a BH farei uma visita. Como não moro mais em BH, mais retorno com frequência, não irei demorar a visitar.

      A inovação de gravar o podcast em um local público também foi bem legal. Dos podcasts do Cinema em Cena não me recordo de algum gravado dessa maneira. Contudo, concordo com o colega acima, em alguns momentos o som ambiente atrapalhou um pouco o entendimento. Caso tenha sido gravado em canal a parte seria interessante reduzir um pouco a amplitude média.

      Fico bastante contente com o retorno e ansioso pelos novos episódios, imaginando o que você estão preparando.

      Ainda fica o saudosismo dos bate-papos sobre os lançamentos de filmes/séries com a galera antiga, o famoso e venerado Papo de Redação. rsrs Será que podemos ter esperança de algo do tipo?

      Grande abraço a vocês!

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      1. Obrigado, Luiz! Quem sabe? Certamente eu convidarei o pessoal para participar, mas tudo depende da disponibilidade deles também. Vamos indo com calma e moldando o programa com o tempo. :) Visite a Academia do Café quando puder! Você vai adorar. Abraço!

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    9. Gostei do debate e realmente “Black Mirror” veio pra ficar e esta terceira temporada é a mais homogênea de todas. Desta terceira temporada, gosto muito dos episódios Nosedive (que aqui recebeu o título de “Perdedor”, mas a NETFLIX mudou depois para “Queda Livre”), San Junipero e Odiados pela Nação, são os meus preferidos. É uma série que fala sobre tecnologia, mas fala muito sobre humanidade, o que a torna tão próxima de nós e tão assustadora. Eu gostei do som ambiente remetendo a uma cafeteria, até achei que fosse um efeito sonoro (kkk), mas o Renato falou que foi gravado numa cafeteria mesmo (kkk). Quando estava próximo do computador, esse som ambiente dá um tom muito bacana e informal ao bate-papo, mas quando estava mais longe, aí as vozes não ficavam tão destacáveis, o que me causava uma certa confusão. Fica a dica de usarem esse som ambiente mesmo quando não for gravado numa cafeteria (kkk), apenas com a preocupação do volume desse som ambiente.

      Boa sorte Renato!!! Eu o acompanho pelo Cinema em Cena e sempre ouvi os podcasts. Quando o valor do ingresso do cinema passou a ficar muito caro e os filmes dublados passaram a tomar conta da programação, eu passei a ir cada vez menos ao cinema e por isso passei a ouvir cada vez menos os podcasts para não ficar frustrado por não poder ver. Há uns meses fiquei desempregado, deixei de ir no cinema, mas acabei minimizando a frustração ouvindo os podcasts que tinha deixado de ouvir, ou seja, maldita ironia dramática… kkk. Eu também fiquei órfão do podcast e espero ser um ouvinte assíduo dessa nova fase do podcast no Cinematório.

      Aproveito para deixar o link do meu comentário sobre a terceira temporada de “Black Mirror” no meu blog. Não estou ganhando dinheiro, por isso podem acessar, curtir e me dar cinco estrelas… kkk

      https://argumentario.wordpress.com/2016/10/26/black-mirror-3a-temporada/

      ARGUMENTÁRIO – UM ESPAÇO DE IDÉIAS E REFLEXÕES

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