cinematório café #12: La La Land

    Renato Silveira·

    O musical que se tornou a sensação da temporada de premiações, com 7 Globos de Ouro e 14 indicações ao Oscar, é o tema deste programa. “La La Land – Cantando Estações” tem direção de Damien Chazelle (“Whiplash – Em Busca da Perfeição”) e é estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone. O podcast está dividido em duas partes: a primeira, para quem ainda não viu o filme e não quer ouvir spoilers; a segunda, com spoilers liberados e discussão sobre cenas específicas.

    A nossa convidada para este episódio é a jornalista Larissa Padron, apresentadora do canal Fora do Padron e colunista do site Cinema de Buteco.



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    O cinematório café é um podcast semanal produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

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    Hyperlinks deste episódio:

    – Nossa playlist para este episódio, no Spotify. Seleção de temas dos grandes musicais de todos os tempos:

    — Sobre “La La Land”:

    https://vimeo.com/200550228

    • Mais inspirações, homenagens e easter eggs:

    • Featurettes oficiais dos bastidores:

    • Um passeio pelas locações em Los Angeles:

    • Entrevista com o diretor Damien Chazelle (sem legendas):

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    6 Responses

    1. Olá, pessoas! Eu vou defender o Ryan Gosling, coitado, porque o papel aqui também não ajudou. Como vocês apontaram, ele é um adolescente, desde a buzina que desconsidera o mundo ao redor dele até a atitude dele em relação ao jazz, que me lembra os 14 anos, quando todos julgavam todos com base no gosto musical. Pra Emma Stone a coisa ficou um pouco mais fácil, afinal ela tinha que ser atriz, o que ela já é, em um filme sobre cinema. Aliás, o papel é ela mesma, como quase sempre. Não precisa dançar direito, nem cantar direito e ainda tem uma cena pra ela fazer caretas e palhaçadas, pelo que ela já é conhecida. Concordo plenamente com isso que vocês disseram sobre a crítica do John Legend, que não serve de nada no desenvolvimento da história mas deve ser uma das coisas mais razoáveis ditas no filme. Enfim, eu não odiei o filme, mas me pareceu exagerado o auê que ele provocou. E olha que eu adoro musicais. (Vou ali procurar meu Cantando na Chuva…)
      Abraços!
      PS: ri sozinha com os comentários finais sobre a aparência dos dois. Eu acho que sou cega quanto aos defeitos na aparência do Ryan Gosling.

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    2. Oba! La-La-Larissa Padron no Cinematório Café!!!! kkk Acho injusta as críticas com relação ao talento do Ryan Gosling, acho ele um ator subestimado, eu até entendo que não o consideram um ator dos mais versáteis, mas ele tem um bom repertório que funciona para personagens mais melancólicos, introspectivos e nunca fiquei com a sensação de que ele se repete. Acho que a única atuação dele que me incomodou foi em “Entre Segredos e Mentiras”. Em seus demais filmes, como “Cálculo Mortal”, “O Diário de Uma Paixão”, “Drive”, “A Passagem”, “Namorados Para Sempre”, “Tudo Pelo Poder” ou em “Dois Caras Legais” sempre o considerei bastante virtuoso, ele se encaixou muito bem nos papéis. Não estou dizendo que ele é o novo Marlon Brando, mas ele fez muito bem a maior parte dos seus personagens. Acho que ele funciona muito bem em “La La Land”, ele é um sujeito romântico que acaba tendo uma visão que não permite maiores interpretações, mas essa potencial chatice acaba sendo amenizada pelo carisma do ator. Assim como vocês falaram, eu adoro o fato de que os atores não são os melhores cantores e nem os melhores dançarinos assim como os números musicais não serem tão sofisticados, pois o filme conquista você através da simplicidade e da doçura. Renato, não fale mal do John Carney!!!!!!!!!! Mas concordo, ele encontrou uma fórmula, mas é uma fórmula que ainda funciona!!!!! Eu não gosto de samba e não entendo muito de jazz, mas em termos de música eu acho que samba = jazz, eu também me incomodei com a depreciação com o samba e com o pop. O trabalho do Chazelle é muito bacana, muito criativo, muito orgânico. Acho ele muito inquieto, muito inventivo, ele traz um frescor admirável!!! Vocês foram perfeitos na análise do final!!!!! Eu acho que as minhas impressões são bem parecidas com a Larissa, eu fiquei com a mesma sensação no final, acho o filme adorável, embora ele não tenha sido absolutamente encantador, apesar dos seus defeitos. É um filme sobre paixões e nós não apaixonamos por quem é perfeito!!!!! A Emma Stone não é um estereótipo de beleza, mas ela não é tão esquisita assim. Ah, eu gosto de “Magia ao Luar” e “Homem Irracional”. Eu não detesto a Jennifer Lawrence, eu gosto dela, a culpa não é dela, acho sacanagem criticar ela por algo que foi construído pela mídia, pois o único pecado dela foi a exposição, muito mais pelos filmes que ela fez. Lawrence é melhor atriz que a Stone. Eu acho que “La La Land” leva 11 Oscar´s. Acho que o Gosling não leva, das músicas só pode ganhar 1 vez, acho que não leva o de Mixagem de Som, leva apenas o de Edição em Som. Desses 11 Oscar´s, acho que o que pode não vir a ganhar é o de Roteiro Original e talvez a Emma. Ou seja, vai ganhar de 9 a 11 Oscar´s.

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    4. Realmente esta leveza do filme é o que encanta.

      Neste ano de 2017 discutimos filmes como Animais Noturnos, Elle, Creepy… Filmes densos e muito reflexivos.
      Não que La la Land não tenha suas camadas, mas suas cores e sons roubam a atenção.
      Acho que represento a todos quando digo que estava com saudades desta Hollywood clássica da era de ouro dos musicais.
      Numa época onde a “nostalgia” se tornou recurso fácil para atrair público (vulgo Stranger Things), La la land consegui conferir a esta palavra verdade e respeito.
      Claro que La la land não chega perto de toda produção, glamour e qualidade presente em filmes como Cantando na Chuva, mas a emoção que evoca, não podemos negar, é genuína.
      Na cena que traz a metáfora do voo para o sentimento de apaixonar-se, confesso que flutuei junto hahaha.

      Também me agradou bastante a ausência de um final “feliz” como o esperado, porque apesar de bastante fantasioso o final nos trás de volta à realidade, mostrando que na vida real cada escolha trás uma renúncia. Fazendo isto, o longa não só aponta a diferença entre o real e ficção mas também se reafirma como uma quase-fábula-moderna.
      Gosto de finais mais “tristes” (ou poderíamos dizer “menos felizes”?) porque ao contrário do que é pregado hoje em dia, sentimentos contrários à felicidade também são importantes.

      Acabei não torcendo pelo reatamento porque tudo indica que a personagem da Emma Stone é feliz na família que construiu, e eu, jamais destruiria uma família por satisfação pessoal hahahaha
      Só torço para que o personagem do Ryan também encontre alguém.

      Em relação à trilha, fora o tema de amor do casal protagonista, e City of Stars, me soou pouco marcante e até um tanto pobre. O melhor de assistir a musicais, para mim, é levar as músicas comigo para fora da sala de cinema. Não foi o que aconteceu, ao contrário do citado Chicago, por exemplo.

      No caso de La la land, o que conta é o conjunto da obra. Como os cenários e as atuações se combinam. As músicas e a fotografia… etc. O conjunto é encantador e agrada pelo sentimentalismo.

      Amei o filme e tenho certeza que verei de novo.

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      1. Marina, também não me decepcionei com o final pelos mesmos motivos que você aponta. Acredito que todos nós nos pegamos vez ou outra imaginando como teria sido nossas vidas com algumas escolhas diferentes, né? Mas são escolhas. E a vida segue. Seguimos trilhando novos caminhos e construindo outros sonhos. Mas sempre levando conosco o que pessoas/lugares/situações importantes do passado nos deixaram. E como o filme aborda isso é, para mim, um de seus grandes trunfos. Sobre a trilha sonora, eu também não me apeguei. E Chicago… Uau! Tem músicas e performances inesquecíveis mesmo. Obrigada pelo ótimo comentário e pela audiência. Grande beijo pra vc! =)

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