"A Qualquer Custo" (Hell or High Water, 2016) - California Filmes/Divulgação

    cinematório café #13: Manchester à Beira-Mar, A Qualquer Custo e Até o Último Homem

    Renato Silveira·

    Seguimos nossa série de programas dedicados a discutir os nove indicados ao Oscar de Melhor Filme este ano. Desta vez, três longas estão em debate: “Manchester à Beira-Mar” (Manchester by the Sea, 2016, EUA), de Kenneth Lonergan; “A Qualquer Custo” (Hell or High Water, 2016, EUA), de David Mackenzie; e “Até o Último Homem” (Hacksaw Ridge, 2016, EUA/Austrália), de Mel Gibson.

    O nosso convidado para este episódio é o jornalista e crítico de cinema Marcelo Seabra, do blog O Pipoqueiro.



    O programa está dividido em duas partes: a primeira, sem spoilers; a segunda, com spoilers. Abaixo, você pode conferir a minutagem em que cada filme entra:

    00:03:27 – Manchester à Beira-Mar
    00:28:38 – A Qualquer Custo
    00:52:57 – Até o Último Homem
    01:20:01 – Spoilers
    01:53:57 – Encerramento

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    O cinematório café é um podcast semanal produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

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    Hyperlinks deste episódio:

    – Nossa playlist para este episódio, no Spotify:

    — Sobre “Manchester à Beira-Mar”:

    • Kenneth Lonergan, Casey Affleck e Lucas Hedges discutem o filme (sem legendas):

    — Sobre “A Qualquer Custo”:

    • A cena de abertura com comentários em áudio do diretor David Mackenzie (sem legendas):

    • O roteirista Taylor Sheridan é entrevistado por outros roteiristas no programa “Close-Up” do Hollywood Reporter (sem legendas):

    • Jeff Bridges, Ben Foster e Chris Pine entrevistados por David Poland (sem legendas):

    — Sobre “Até o Último Homem”:

    • Mel Gibson, Vince Vaughn e Luke Bracey discutem o filme (sem legendas):

    • Andrew Garfield fala sobre o filme no programa de Jimmy Kimmel (sem legendas):

    https://www.youtube.com/watch?v=WruAtebls-k

    — Videodiários da atriz Teresa Palmer sobre maternidade

    — Videoclipe da música “Masculino e Feminino”:

    https://www.youtube.com/watch?v=AKDMRz_gM84

    — Casey Affleck e Kayky Brito, separados no nascimento:

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    7 Responses

    1. Olá, pessoal! Só agora “descobri” este podcast e meu coração deu uma aliviada. Escutava alguns (nao todos) os episodios do podcast Cinema em Cena e tinha ficado meio órfã… Sobre Manchester, entendi, como vocês disseram, que é um filme sobre luto, mas permeado do ordinário que cerca esse momento tão profundo. Quando você perde alguém e ter que se preocupar com questões práticas como o enterro, ou encontrar pessoas, fazer compras… Isso de que a vida não para, e tem horas que você até “esquece”, só para de repente ser jogado de novo no sofrimento e ter que pensar em como será a vida dali pra frente. Enfim, achei um filme muito muito real nessa abordagem do luto.
      Agora vou ficar aqui assistindo todos os podcasts anteriores! êee! ;)

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      1. Olá, Olívia! Que bom que você nos (re)encontrou! :) Esperamos que você goste do podcast e continue nos prestigiando com a sua companhia. Sobre “Manchester” é isso aí mesmo. Um filme duro, amargo. Acredito que quem já passou por essa situação de ter que cuidar dos trâmites e burocracias para o sepultamento ou cremação de alguém da família ou alguém muito próximo sinta a dor do protagonista mais de perto. Como você disse, é bem realista nessa abordagem. Abraço e obrigado pelo comentário! :)

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    2. Acredito que seja a proposta do podcast ser filmado em um café, bar ou restaurante, mas os sons externos atrapalham bastante, seria melhor uma filmagem que tivesse menos barulho. Não necessariamente um estúdio. Assisti “Manchester…” e não achei o filme tudo isso e nem a atuação do Casey Affleck digna de oscar. Ja “Até o ultimo homem” é magnifico, não esperava que o Andrew Garfield fosse tão bom ator.

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    3. A minha opinião sobre “Até O Último Homem” vai mais de encontro com a do Marcelo Seabra. Eu não vi o Desmond Doss como um fanático religioso, porém o vi muito mais como um homem idealista, porém acho que toda a construção do personagem acho problemática, especialmente a relação amorosa com a fraca Teresa Palmer. Gosto da participação do Hugo Heaving. Entendo que o personagem do Garfield quer ir para guerra, pois os outros jovens da cidade estão indo e ele quer ajudar, mesmo sem colocar armas na mão e em nenhum momento ele questionar o sentido da guerra, ou seja, ele é um pacifista, mas vai pro meio da guerra, o que é algo bastante contraditório. Mas eu acho que “Até O Último Homem” é um senhor filme de guerra, acho que o Mel Gibson dá uma aula de direção, um filme brutal, cruel, um show de carnificina muito bem encenado e dirigido, apesar de alguns excesso no final, de câmera lenta, da visão dos japoneses kamikases, dá a sensação de que o Gibson perdeu a hora de encerrar o filme. Com relação ao Garfield, não gosto dele, acho ele um ator muito fraco e acho que na primeira hora de filme ele tá muito mal, mas a partir da guerra, acho que ele ofereceu uma atuação bastante esforça e digna, muito em função da própria humanidade e generosidade do personagem, mas jamais o indicaria para qualquer prêmio, pois é uma atuação muito longe de ser infalível. Achei que vocês pegaram pesado um pouco com relação ao filme do Mel Gibson, eu entendo e aceito a indicação, mas está longe de ser um filme ruim ou desprezível. Sempre que a discussão gira em torno de 2×1 no quesito de opiniões, a opinião da maioria acaba prevalecendo, mas tragam mais vezes o Marcelo.

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    4. Vou voltar aqui depois que assistir o filme do Mel Gibson, mas vou comentar sobre os outros dois filmes que assisti. “Manchester À Beira-Mar” é um filme devastador, um drama lindamente triste e melancólico. Acho que o Casey Affleck é o mesmo caso do Ryan Gosling, é um ator limitado, mas que serve perfeitamente para determinados tipos de personagem. Adoro o Casey em “Medo da Verdade”, “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” e “O Assassino em Mim” e acho que ele merecia uma indicação por qualquer um destes filmes e a sua indicação é mais do que merecida em “Manchester”. A situação da Michelle Williams é a mesma do Ben Foster também, ambos estão se repetindo, ambos parecem que estão atuando em zonas de conforto, mas ainda assim eles estão muito bem, eles funcionam para os tipos de personagens que são escolhidos. Eu não indicaria nenhum dos dois a premiações, mas são dois ótimos trabalhos. Os meus elogios a “A Qualquer Custo” são mais moderados, acho maravilhosa a ambientação, vocês foram muito felizes na análise e nos desdobramentos da crise (o Marcelo fez uma observação sublime ao fazer a analogia das armas e do banco e a Raquel foi assertiva ao falar da questão das propriedades de terra), mas acho que é um filme que tem uma narrativa mais arrastada e convencional que funciona mais pela força do universo em que está inserido nem tanto pelas supostas camadas. Eu achei a fotografia do filme muito mais rica do que a montagem que é competente, cumpre o seu trabalho, especialmente nas sequências de assalto, mas achei a indicação supervalorizada. A indicação do Jeff Bridges foi merecida, mas confesso que lembrei muito do Tommy Lee Jones para o papel também. E “Manchester À Beira-Mar” é devastador, é um filme maravilhoso, de um peso dramático absurdo. Ah, Renato, eu também fiz essa leitura do fogo e do gelo!!!! Acho que o filme perde um pouco de ritmo na sua tentativa apropriada de soar mais leve para aproximar ainda mais o tio e o sobrinho, mas as tentativas de relação entre o garoto e a namorada poderiam ter sido condensadas. Mas é um filme arrebatador mesmo!!!! Sim, nós usamos mutreta!!!! kkk

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