"Fragmentado" (Split, 2016) - Universal Pictures/Divulgação

    A fissura do medo :: cinematório café #20

    Renato Silveira e Kel Gomes·

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    De “novo mestre do suspense” a “farsa”. De sua geração, M. Night Shyamalan é, provavelmente, o cineasta que mais divide opiniões. Após o enorme sucesso com “O Sexto Sentido” (1999), seguiu-se uma verdadeira montanha-russa em sua reputação junto à parte da crítica e do público. Mas a carreira de Shyamalan nunca saiu dos trilhos, muito graças à outra parte da plateia que não virou as costas para o seu talento como diretor e roteirista. Neste programa, nós fazemos um breve retrospecto da obra de Shyamalan até aqui e debatemos seu mais novo filme, “Fragmentado” (Split, 2016, EUA), que voltou a colocá-lo no topo das bilheterias.



    O nosso convidado para este episódio é Marcelo Miranda, crítico de cinema da revista Cinética.

    Como de hábito, nós deixamos para comentar spoilers somente na segunda metade do programa. Abaixo, você pode conferir a minutagem do episódio:

    00:00:00 – Introdução
    00:10:17 – Os filmes de M. Night Shyamalan
    00:41:56 – “Fragmentado”
    01:28:33 – Spoilers do filme
    01:46:41 – Encerramento

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    O cinematório café é um podcast semanal produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

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    Hyperlinks deste episódio:

    – Nossa playlist para este episódio, no Spotify:

    — Sobre “Fragmentado”:

    • Imagens dos bastidores:

    https://www.youtube.com/watch?v=tURA2M9VjXM

    — Sobre Transtorno Dissociativo de Identidade:

    — Sobre M. Night Shyamalan:

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    20 Responses

    2. Ótimo Podcast como sempre!
      Vamos aguardar o GLASS !
      Estou acompanhando essa nova fase do Cinematório e gostando muito!
      Mande um convite do Telegram para mim também, por favor!
      Abraço!

      Responder

    4. Dizer que o plot twist ficou em “O Sexto Sentido” é ingenuidade, o Shyamalan assumiu esse rótulo, inclusive acho o grande erro da carreira dele, ter aceitado isso como elemento chave de seus filmes, isso limitou muito suas narrativas.
      Não concordo com a radicalidade das críticas aos filmes do Shyamalan, o considero um bom diretor, mas o problema é levar ao extremo de gênio ou idiota (quem dera se isso fosse apenas no cinema). “Fragmentado” é um bom filme, mas talvez tudo do Shyamalan tome uma proporção e discussões gigantescas.
      Continuem o bom trabalho, gosto muito do podcast e também gostaria de participar do grupo do Telegram.
      Grande abraço!

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    5. Que filme bom!
      Os temas por trás de outros temas, as camadas dos personagens, a direção de M. Night e o trabalho de corpo e expressão dos atores se encontram no ponto certo.
      Porém gostaria de comentar a minha única ressalva em relação a este longa. Como neste podcast só tivemos presentes, participantes declaradamente fãs do diretor e conhecedores de sua obra, faltou o olhar de fora sobre esta obra.
      Por incrível que pareça, nunca assisti ao famigerado Sexto Sentido e não fazia a mínima ideia de quem era Shyamalan. Sério. Fico até envergonhada por isso.
      Mas apesar deste fato, a fama precede o autor, então mesmo não o conhecendo por nome ou aparência sabia se tratar de um diretor famoso por seus “plots”.
      Devo dizer aqui que o filme ganha, e muito, quando se conhece a filmografia de Shyamalan.
      Busquei ler pouco sobre Fragmentado para não ter minha experiência sobre este thriller arruinada por certeiras ou falsas expectativas, e devo declarar que o filme me ganhou já no primeiro plano (o famoso dolly zoom que apresenta com perfeição o desconforto que cerca a personagem de Anya). Senti a história envolvente e passei a me importar cada vez mais com os protagonistas. Porém me ative ao caráter realista com que a história retratava o transtorno de Kevin e como sua médica em modo expositivo defendia o debate a cerca do distúrbio frente a classe científica.
      Em dado momento, quando a história revela uma camada, digamos, mais fantasiosa (lê-se mística), precisei elevar bastante minha suspensão de descrença para não perder amor pelo filme.
      Senti uma pequena quebra de expectativa nesse momento por não esperar nada desta natureza e por não conhecer o teor e temáticas da filmografia de Shyamalan.
      Quanto a última cena com a presença de Bruce Willis: realmente um fan-service, e como eu não era a tal fã, fiquei “boiando” e precisei buscar sentido depois que fui embora do cinema.
      Apesar disso, levei o filme comigo no carro a caminho de casa e no dia seguinte. Apesar de não familiarizada com Shyamalan o filme me impressionou pela técnica e abordagem de direção, fotografia, roteiro, tudo.
      Fiquei fã.
      Procurei Corpo Fechado.
      Fiquei apaixonada.
      Resumo da ópera é que o filme é incrível mais perde algo quando não se conhece o diretor e suas obras. Ainda não o que perde mas vou investigar.

      Ps.: ótima participação do querido Marcelo!

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    6. Bah, excelente podcast. Já ouvia e gostava muito de vcs desde o podcast do Cinema em Cena, e esse continua no mesmo nível. Parabéns pelo ótimo trabalho.

      Sobre o Fragmentado e o Shyamalan, tive a sorte de ir ver o filme completamente “virgem”, o que aumentou consideravelmente a experiência. A humanidade do Shyamalan que apareceu sob outras formas nos filmes anteriores aparece aqui em relação as vítimas de abuso infantil, que deixam uma marca indelével tanto nas vítimas como na sociedade de uma forma geral, e a forma conduzida e apresentada por ele é extremamente leal e cuidadosa.

      Tem um fato pouco comentado e muito importante no filme que também passou despercebido no podcast, mas teria que comentar com o selo de spoiler hahaha

      Falando nisso, gostaria de participar do grupo do Telegram. Desde já agradeço. Grande abraço!

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        1. SPOILER

          Trata-se da cena final em que ela atira no Kevin (ou na personalidade da Besta, enfim); o fato é que essa cena remete a uma cena anterior das lembranças da Casey, em que ela ainda criança não atira no tio que estava abusando dela; a cena em que ela atira na Besta/Kevin, ela igualmente reluta no início mas por fim acaba atirando, é quase uma libertação da personagem de fato; as cenas em si se parecem tanto que em ambas elas estão portando uma 12.

          É bem problemático pensar que ela, uma criança, poderia ter evitado todo o seu sofrimento posterior se tivesse atirado no tio. Uma problematização interessante, aliás.

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    7. Spoiler
      Spoiler
      Spoiler
      (Avisado p quem ainda não viu o filme)
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      Pode ser viagem minha, mas esse filme, além de mostrar a ascensão de um super vilão (a Horda), mostra uma possível ascensão de uma anti-heroína: a Casey poderia se tornar uma espécie de justiceira que caça pessoas que abusaram de crianças, seguindo uma linha radical de justiça como um Azrael, um Frank Castle (o Justiceiro), um Blade, etc, isso porque ao longo do filme temos a quase super exposição de três cores: o amarelo (a cor básica do personagem A Horda) e vermelho e preto, que podem ser as futuras cores da Casey (ela tem inclusive um agasalho com essas cores). Além da decupagem ser muito semelhante ao de Corpo Fechado, com enquadramentos que remetem a frames de HQ.
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      Enfim, filmaço! É a continuação perfeita daquele que é pra mim não só o melhor filme de Shyamalan, mas o melhor filme de super herói.

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    8. Gostei muito do programa!
      Fui arrebatado pelo plot twist de Fragmentado!
      Gosto também das participações do Marcelo Miranda desde dos podcast do cinema em cena.
      Seria divertido se o Marcelo Seabra tivesse participado do programa, seria um programa acalorado!!

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