Foto: Showtime/DIvulgação

    “Twin Peaks” – Partes 17 e 18 :: cinematório café expresso

    Renato Silveira e Kel Gomes·

    O cinematório café expresso é uma edição extra do nosso podcast, em formato curto, mas intenso! Até setembro, nós discutiremos aqui os episódios semanais da nova temporada de “Twin Peaks“, série criada por David Lynch e Mark Frost. E convidamos você a desvendar os mistérios que envolvem o Agente Especial Dale Cooper (papel de Kyle MacLachlan) junto com a gente.

    Situada exatamente 25 anos depois dos eventos da segunda temporada, “Twin Peaks” teve sua estreia mundial no dia 21/05 e aplica, em iniciantes e veteranos, doses cavalares da fascinante estranheza do universo lynchiano. A série está sendo exibida nos Estados Unidos pela emissora Showtime, aos domingos. E nas segundas-feiras, no Brasil, os episódios são disponibilizados pela Netflix.

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    O cinematório café é um podcast produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

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    Hyperlinks deste episódio:

    — Playlist no Spotify com músicas da série:

    — “Twin Peaks,” Episodes 17 & 18 Recap: See You At The Curtain Call (Mubi)

    — Twin Peaks season 3 decoder: Judy (Little White Lies)

    — ‘Twin Peaks’ Ending Explained: How to Make Sense of David Lynch’s Baffling Finale (IndieWire)

    — ‘Twin Peaks’ Finale: David Lynch Ended the Series on the Most Powerful Final Shot (IndieWire)

    — ‘Twin Peaks: The Return’ Finale: The Past Dictates The Future (Film School Rejects)

    — ‘Twin Peaks’ The Return Finale: The Mind-Bending Ecstasy Of The Unknowable (The Playlist)

    — The Best Post-Finale Theories About Twin Peaks: The Return (Vulture)

    — Six Questions the Twin Peaks Finale Left Unanswered (Slate)

    — Why ‘Twin Peaks: The Return’ Was the Most Groundbreaking TV Series Ever (Rolling Stone)

    — How Twin Peaks Could Change Television Forever, Again (Slate)

    — ‘Twin Peaks’ Star on Playing the Series’ Most Mysterious Character and That ’Thrilling’ Finale (IndieWire)

    — Julee Cruise No Longer Cares About ‘Twin Peaks,’ Calls the Finale ‘Trash’ and a ‘Slap in the Face’ (IndieWire)

    — ‘Twin Peaks: The Return’: Kyle MacLachlan Says “No Discussions” For Another Season; “Still Processing” Finale (Deadline)

    — ‘Twin Peaks’ Season 4 Sounds Enticing, But ‘The Return’ is Too Perfect for More Episodes (IndieWire)

    Lojinha:

    Apoio:

    Academia do Café  Coletivo Libertad

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    16 Responses

    1. Finalmente ouvi o podcast e, mais finalmente ainda, consegui vir comentar.
      Quando assisti ao episódio 17, eu estava tão tensa que achei q ia ter um treco. Eu estava pronta para chegar a um episódio 18 que colocaria uma luz sobre a trama principal e um desfecho, não redondinho, mas q nos encaminhava para algum tipo de entendimento. Assim, segui para o episódio 18, cada vez mais perdida, cada vez entendendo menos de tudo, e fiquei tão absorta que quando tudo acabou, fiquei tão chocada que dei um grito (literalmente). Meu primeiro impulso foi de frustração, mas no minuto seguinte passei à reverência.
      Ficou claro para mim que a intenção de Lynch e Frost era exatamente essa desde o início. Com ar professoral (e patamar de gênios), nos deram uma lição para toda a vida: a arte, assim como a vida, não tem uma explicação absoluta; ela é significada e ressignificada por cada um que entra em contato com ela, mudando a cada releitura, porque nós estamos em eterna mudança.
      Eu, Thalita, tenho minha interpretação para toda a trama da Audrey (e quem é Bily), para quem é Sarah, o que são o Black Lodge e o White Lodge, o que aconteceu com Laura e Cooper, quem é Diane, etc. E eu tenho como embasar minhas teorias em fatos e detalhes apresentados ao longo da série e do filme. Ao mesmo tempo, Renato, Raquel, Leandro, cada um tem suas próprias interpretações que podem ser parecidas ou completamente diferentes das minhas, e também embasar suas teorias com tantos argumentos quanto os meus. Cada um com seus repertórios, suas experiências. E isso pode ser debatido, argumentado, a gente pode ficar ainda mais convicto, ou pode mudar completamente de opinião, ouvindo o outro, tentando ler com seus olhos. E, gente, como isso é mágico! Eles criaram essa coisa viva, que agora já não está mais no poder deles!! A gente está testemunhando uma situação completamente nova na mundo das séries, que é esse tratamento como pura arte. Espero que isso seja absorvido por outros criadores, nem q seja em uma escala infinitesimal, pois já seria um ganho enorme para todos nós.
      Diferente de alguns, não vejo sequer um pingo de intenção de Lynch/Frost em fazer uma quarta temporada. Talvez até aconteça, seja outra temporada mesmo, seja um filme, mas não acho q eles já estão pensando nisso. Acredito que, se acontecer, é pq eles poderão ter uma nova inspiração.
      Enfim, pra variar já escrevi demais!
      Obrigada Renato e Raquel por esse podcast maravilhoso, vcs ainda me verão por aqui eventualmente, pq continuarei ouvindo vcs.
      E obrigada aos colaboradores dos comentários, q também proporcionaram ótimas discussões!

      Até breve! ;)

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      1. Tha_at, foi o que de melhor essa série nos proporcionou e estou maravilhado tbm com essa gama de possibilidades de conversas, ideias, teorias, suposições, acertos e erros, que ela nos trouxe. Sem dúvida, o maior ganho, além da montanha russa de emoções metralhadas a cada segundo de episódio em nossas mentes. E, Lynch mais uma vez criando um novo MARCO na história da TV. Sinto-me honrado de ter participado disto, e feliz por ter revisto meus personagens tão queridos, e conhecido outros no processo.
        Concordo contigo a respeito da individualidade de entendimentos que a série nos transmite, o que torna a experiência extremamente rica e altamente recomendável em tempos tão simplista, convencional e formulaico que vivemos, sem desafios para a criatividade e o pensamento. Achei engraçado tbm muitos canais, muitas críticas tão desprovidas de mente aberta, achincalhando a série como totalmente irracional, desrespeitosa e pior, sem propósito de existir! rsrs, nem é possível avançar uma boa conversa e tentar expor conceitos dos quais nos deliciamos em toda a trajetória da temporada, sem corrermos o risco de sermos taxados de fanáticos descerebrados, o que é triste. Mas nem em meu momento de mais crítico contra Lynch, e mais revoltado diga-se de passagem (pois o velhinho conseguiu me enganar de novo, depois de 25 anos hahahahaha), não dá nem para pensar em acusar os autores de falta de criatividade e visão.
        E é nesse ponto que discordo de seu comentário, somente no fato que Lynch já embarcou nesse projeto já visualizando os rumos e os desdobramentos futuros de sua obra, de seu mundinho (mesmo ele declarando e dando a impressão do contrário), assim como é sabido que ocorreu na segunda temporada, quando teve que se afastar do projeto, “Twin Peaks” tomou rumos contrários ao seu querer, e quando voltou ele direcionou a série para o final que conhecemos, em direção à algo que ele planejou e apenas em parte foi possível completar nesta terceira temporada, como tbm ficamos sabendo. E acredito que ambas as ocasiões são completamente similares, com o conteúdo direcionado para algum lugar. Se existirá uma próxima temporada, isso só o tempo dirá; contudo, todas as questões levantadas e deixadas pela metade desde o princípio da série (inclusive questões deixadas no começo, mesmo rsrs), são o maior indício que havia sim um planejamento prévio. Ainda que em si, esta temporada já demonstre esse aspecto fantástico e genial, vejo a história láááá da segunda temporada se repetir. E creio que Lynch só foi convencido a embarcar nessa devido a carta branca que ele recebeu do canal. O limite agora são apenas a idade de nosso querido autor e o tempo fechando o cerco contra vários de nossos queridos personagens que hoje já não estão mais conosco.
        Só sei de uma coisa, mais que ver e se deliciar com os aspectos da vida desses tão distintos personagens, conversar sobre esta série é o que mais me fará falta. E por isso, seja para aplacar minha ira e respeitosa frustração, seja para termos mais lenha na fogueira para conversarmos e conjecturarmos, seja pelo que for: QUE VENHA MAIS TEMPORADAS, POIS ESTAMOS DE BRAÇOS ABERTOS!!! rsrs

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    3. Quando vi q tinha saído o podcast, chamei minha cachorrinha pra debaixo da rede, deitei e ouvi de uma vez só. Ressignificou os dois últimos episódios, e pensei ainda mais na frase de Edgar Morin – ”O objetivo do conhecimento não é descobrir o segredo do mundo numa equação mestra da ordem que seria equivalente à palavra mestra dos grandes mágicos. O objetivo é dialogar com o mistério do mundo.” Obrigado pela cia na viagem que foi, é, viver a obra do Lynch. Abraçao. PS em maio eu e minha namorada encontramos na rua uma filhote cachorrinha alvinegra, a batizamos de Laura.

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      1. Que frase maravilhosa! <3 E obrigada você por nos acompanhar! Fico muito feliz de saber que vivemos a obra do Lynch juntos. Depois manda foto da sua cachorrinha, fiquei curiosa hehe Ah, ainda teremos mais conteúdo sobre Twin Peaks e Lynch por aqui. Fique ligado! Beijooo

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    4. Como foi dito anteriormente não há muitos conteúdos sobre Twin Peaks em português, obrigado pelos casts Renato!

      Só senti falta de especularem sobre uma possível quarta temporada.

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      1. Concordo contigo. E digo mais: é certeza que Lynch fez todas essas “meias-respostas e meias-perguntas” contando com uma quarta temporada. Depois de mais de uma semana tentando digerir e maturar as ideias e os conceitos apresentados pelo final da temporada, cada vez fica mais notória para mim que o plano desde o início já era uma continuidade, pois existem muitas coisas inacabadas, coisas deixadas de lado meticulosamente que não foram somente para chocar ou criar sensações, mas ideias que claramente exigem uma continuidade.
        Acredito que, mesmo em sua genialidade, não era intenção do autor deixar tudo tão incompleto, ainda que seja característica peculiar de suas obras instigar a reflexão, o desconforto e a futilidade da crença sobre a certeza de uma realidade sólida. Mesmo lendo em algum lugar que Lynch afirma seu desinteresse numa continuidade, a sensação é que é só modéstia e discrição para dar prosseguimento às coisas sem pressão e sem muitas especulações.

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    5. Bem, não vou esconder meu desapontamento, um sentimento de ódio por Lynch ter feito de novo… Uma das maiores frustrações de minha adolescência foi ter acompanhado e torcido pelo Cooper e vê-lo terminar correndo entre corredores iguais e se transformar em tudo aquilo que combatia?
      Não posso deixar de confessar tbm meu fascínio, e minha admiração e por que não meu agradecimento ao Lynch por ter-me proporcionado tamanha montanha russa de emoções e percepções e, mesmo que não tenha me dado o passeio que quis até que enfim terminar, me tirou do lugar comum e me mostrou, nos mostrou que um programa, uma série, um filme, um personagem podem ser mais, muito mais. Foi maravilhosa essa viagem, nitidamente aguardando mais oportunidades, claro, mas mesmo assim foi muito bom ter sido enganado novamente por esse velho.
      Mas afinal, como li em algum comentário por aí, o sonho era o dele, do Lynch, de revisitar o seu mundinho maluco, rever seus queridos e cativantes moradores, e finalmente conseguir levá-los para onde verdadeira e originalmente ele queria, sem interferência de ninguém. Seu sonho se realizou e nós vivemos esses parcos dias, esses poucos episódios, dentro do sonho de Lynch.
      E nessa viagem extremamente original e maluca, maravilhosamente frustrante, David Lynch me proporcionou outra coisa: a oportunidade de conhecer esse espaço tão bacana e vivo dentro deste blog, conhecer pessoas, debater, conversar, aprender e expor, refletir e expandir o entendimento. Espero ter outras oportunidades, espero ter outras desculpas para vir tomar esse cafezinho com vocês novamente, Renato e Raquel. E aqui parabenizo-vos por esse trabalho feito com tanto carinho e excelência, que foi um prazer acompanhar. Obrigado.

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      1. Aaa, que maravilha receber esse comentário!!! Obrigada!!! E muito em breve você vai voltar a tomar cafezinhos lynchianos com a gente, sim! A ideia é que conteúdo sobre a obra dele nunca pare hahaha Aliás, essa semana mesmo já teremos cast com a Ana Lúcia Andrade e Stephania Amaral sobre a terceira temporada de Twin Peaks e outras cositas más. Só vem! Beijooo

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    6. Comecei a acompanhar esse podcast a partir do décimo episódio e gostei muito do formato por realmente parecer um bate-papo degustando um café. Afinal não é só o Cooper que gosta de café certo ? Parabéns vocês são muito cativantes !
      Comentários:
      1) O Renato estava sem voz porque tentou imitar o grito da Laura (risos), brincadeira… estimo melhoras.
      2) A uma cena que assisti, na repescagem, me fez refletir sobre o mal e o bem: a Sara Palmer em frente a TV vendo uns leões devorando um búfalo. Isso chega a ser chocante, parece uma coisa muito cruel, mas acho que depende do ponto de vista. Já assisti a cenas de búfalos matando leão também e chega ser chocante da mesma forma. É o que disse o BOB em FWWM “I have the fury of my momentum”. Creio que a parábola seja: a maldade existe e em algum momento ela da luz a fúrias.
      3) Foram dois episódios finais, uma que fez uma alegoria mostrando que as coisa poderiam terminar bem, como terminam as novelinhas (heróis derrotando bandidos), mas mesmo aí vejo muita sátira, pois as coisas que deveriam ser complexas terminaram de forma muito simples. O personagem mais singelo, derrotou o vilão. Isso até parece uma crítica aos formatos complexos que vigoram atualmente. Não acompanhei a primeira e a segunda temporada, mas assisti a FWWM e confesso que fiquei deprimido com a morte de Laura então para mim o fato de Cooper ter a resgatado,mesmo que depois ela tenha sumido, essa final compensou me trouxe um pouco de paz. No conceito humano o bem fez o seu trabalho…
      4) O símbolo que se tornou um 8 parece também com a carinha do inseto do episódio 8. Por ser inglês, será que o Bowie não gostava de um belo bulê de chá ?
      5) O Jumper man (narigudo) apareceu novamente quando Cooper estava subindo com Gerard a escadaria. Ele deve controlar as dimensões e o tempo.
      6) Fiquei muito satisfeito com o desfecho. O mal continua agindo, porém o bem é persistente e equilibra as coisas.
      A energia elétrica tem pólos positivos e negativos para funcionar. Acho que uma série não necessariamente precisa responder a todas as questões.
      Abraços!

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      1. Que bacana, Salvador, que excelente comentário o seu; muito pertinente e muito oportuno, principalmente para pessoas que nem eu que terminou de assistir a série com um misto de sensações e impressões não ruins, mas tbm não tão boas. Seu comentário ajudou a refletir mais sobre o real propósito de se assistir séries e obras que nem essa. Conforme havia dito no comentário que acabei de escrever, minhas sensações ao término dessa série foram das mais contraditórias possíveis pois, no começo dessa viagem, julguei que Lynch estaria inclinado a nos proporcionar as devidas conclusões que não teve oportunidade antes, inclinado a dar as devidas explicações além de nos trazer de volta a esse mundinho tão especial. Nada disso. E ele conseguiu me pregar uma peça pela segunda vez! Isso aconteceu em minha adolescência, ao fim da segunda temporada, passando anos tentando formalizar em minha mente o que afinal teria acontecido. E finalmente quando a chance surgiu para isso, considerei que ele não teria coragem de deixar o final tão aberto, talvez deixar um leve perfume de mistério e um tanto aberto no final das contas, sabendo que tanto poderia ter uma quarta temporada ou não. Todavia, ele não nos deixou um final aberto, ele subverteu tudo o que tínhamos assistido até então, jogou ainda mais elementos em tempo que já não dava mais e deixou o final escancarado. Nitidamente vejo isso como um planejamento para uma quarta temporada, pois as ideias devem estar fervilhando na cabeça do autor, são muitos mundos, muitas histórias, muitos mistérios, muitas camadas que Lynch deve querer visitar e nos apresentar. Fica aqui a leve esperança. Mas, de toda forma, não podemos nos iludir e assim, que esse final nos sirva para pelo menos admirar a mente por demais criativa desse senhorzinho muito do travesso.
        Sua observação sobre Sarah Palmer foi bem pontual. Quando assisti a essa cena, fiquei me perguntando se essa mãe realmente tinha se sentido mal pela perda da filha, e de onde vinha tamanha selvageria. Bem, isso ficou implícito nestes últimos momentos da série, não é mesmo?
        Sua alusão a dois finais distintos foram os melhores, e foi meu balsamo, o que me fez rever os sentimentos e frustrações que esse rumo final me trouxe. Realmente achei toda conclusão com os dois Coopers muitíssimo corrido, foi um anticlímax depois de tanta imponência que o Lynch deu ao Mr. C, vê-lo sendo derrotado de forma tão banal e rápida! O encontro entre os velhos amigos, que não duraram nem minutos sequer! Em contrapartida com o outro final com minutos e minutos mostrando estrada, e estrada, e estrada!!! Mas, consideremos como alegoria mesmo, e fica tudo mais palatável.
        O Jumper Man, tive a impressão que quando o Cooper, representante do bem, entrou no lugar, ele entrou em uma fuga desesperada.
        E ficou agora as dúvidas de quem é essa nova Laura, onde e quando estão, afinal se tudo foi desfeito e se a atitude do Cooper mudou ou criou uma nova realidade. Enfim, questões novas para se somar ao que ficou pendente antes.
        Não posso nem mentir dizendo que fiquei satisfeito com esse final, mas achei genial e extremamente corajoso. Lynch não caiu nas convenções normais e me parece que não continuou a série para agradar ninguém, apenas a sua própria criatividade. Bem, o sonho era dele mesmo!

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        1. Leandro muito bom ! Esse é o mérito dessa obra. Deixa espaço para diferentes interpretações. Acho os autores trabalharam muito bem os paradoxos. Bem e Mal, amor e ódio, singelo e complexo, sonho e realidade, engraçado e sério… Tanto é que até o final foi satisfatório e frustrante. Mesmo que seja a conclusão definitiva, deixa uma boa impressão. Como uma torta de cereja que não foi suficiente para se fartar, deixando uma sensação de querer mais uma fatia, mas da mesma receita.

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      2. Muito bom! Concordo com as suas considerações, mas sobre o motivo que deixou o Renato sem voz vamos deixar as interpretações livres =p Embora a sua seja uma bem boa haha E obrigada pelos elogios! Ser cativante só pela voz (e sotaque carregado rs) não é pra qualquer um hehe <3 Sobre o bule, não tinha pensado nisso. Faz todo sentido! =) Ó, em breve teremos mais conteúdo sobre a série e sobre Lynch, então, não desapareça (ou não deixe o vórtice/portal te sugar). Abraçooo

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    7. Ainda não ouvi o podcast, estava ansioso por ouvir e conversar algo sobre esses episódios que me trouxeram um misto de amor e ódio. E novamente vamos lá…

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    8. Às vezes sinto que maio foi ontem.

      Valeu muito a experiência de acompanhar durante meses a volta de um clássico. Que bom que tanta coisa ficou em aberto e/ou livre para variadas percepções e interpretações!

      E não posso finalizar este comentário sem dizer o seguinte: obrigado, Raquel e Renato! Cada programa foi ótimo, a damn fine cup of coffee.

      Até a próxima! Abraços!

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