Retorno a “Twin Peaks” :: cinematório café #42

    Renato Silveira e Kel Gomes·

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    Um mês após o encerramento da terceira temporada de “Twin Peaks“, nós voltamos (se é que deixamos) aos infinitos mistérios da série criada por David Lynch e Mark Frost e protagonizada por Kyle MacLachlan, no papel do Agente Especial Dale Cooper em sua eterna busca pela salvação de Laura Palmer (personagem de Sheryl Lee).

    Este podcast vem como um desfecho para a cobertura episódio a episódio que fizemos no cinematório café expresso durante a exibição da série. E desta vez, nós recebemos duas convidadas para compartilhar suas visões e opiniões sobre a fascinante estranheza de “Twin Peaks”:  Stephania Amaral, do podcast Feito Por Elas, e  Ana Lúcia Andrade, doutora em Cinema e professora da Escola de Belas Artes da UFMG.

    Atenção! Nossos comentários contém spoilers!

    Bastidores da gravação (e Dianes):

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    O cinematório café é um podcast produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

    Hyperlinks deste episódio:

    — Sobre “Twin Peaks”:

    • Ensaio visual: “Dale Cooper não está aqui”, por Renato Silveira

    • Playlist no Spotify com músicas da série:

    Lojinha:

    Apoio:

    Academia do Café  Coletivo Libertad

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    6 Responses

    1. Em tempo: Acrescentar mais um item no rol de empreendimentos. Loja de acessórios adultos com nome de “Diane”. Detalhe: na embalagem mudar o tradicional “Agradecemos a preferência” por “F…you”. Satisfação garantida do cliente….(gargalhadas).

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    2. Gostei do “cenário” do bate-papo. Seria um “double R” de Minas ?
      As colocações feitas foram muito boas ! vou só colaborar um pouco.
      1) Para assistir a TP creio que não precisamos ser intelectuais, basta termos a cabeça aberta de uma criança de 3 anos que admira uma canção ou poema pelo formato e conteúdo, mas não frequentemente pelo sentido. “Hey diddle diddle, The cat and the fiddle, The cow jumped over the moon;
      The little dog laughed, To see such a sight, And the dish ran away with the spoon.”
      2) Vocês ficaram “pescando” um termo que o pescador usa… eu também fui “cevado”, pois não havia assistido às primeiras temporadas;
      3) Hoje em dia, em certas áreas de trabalho, foi importado o termo “idle” que é pejorativo. Concordo que com vocês que o Lynch critica isso de certa forma, pois atualmente o ócio gera ansiedade;
      4) Outra coisa que “pesquei” sobre o que foi dito “liquidificador” e “sinestesia”. Acho que resume bem essa obra que aborda o sonho, melancolia, a dura realidade, belas imagens e paradoxos. Uma salada deliciosa;
      5) “Se você acha que entendeu a física quântica, é porque você não entendeu” Richard Feynman.
      Estarei aguardando ansiosamente para participar novamente de outro café com vocês. Grande abraço.

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    3. Bom, primeiramente, eu gostaria de agradecer por esse episódio (é episódio q chama qdo falamos em podcast?) maravilhoso, no qual eu fui citada de novo (gente, me emociono com isso, sério!), e pelo qual eu estava aguardando ansiosamente, ainda mais quando soube que contava com Ana Lucia Andrade e Stephania Amaral, que eu já mencionei serem as duas pessoas que mais me marcaram no Cinema em Cena, juntamente com o Renato.
      Enquanto eu ouvia o podcast, fui fazendo uma anotações sobre coisas que eu queria comentar aqui, então se preparem, pq eu tô empolgada:
      Foi levantada uma questão sobre a violência contra a mulher, concordei com tudo o que vcs falaram, só queria pontuar que, assistindo filmes mais antigos do David Lynch, pude perceber que ele evoluiu muito com relação ao modo como ele retrata as mulheres em suas obras. É algo que me faz admirar ainda mais o Lynch, pq a gente vê que ele está preocupado em ouvir, em entender, em evoluir como pessoa mesmo. Maravilhoso esse senhor!
      Anotei aqui o nome Hitchcock, mas não lembro o que eu queria falar sobre isso quando anotei, rs. Então fica só a informação de que é o diretor que eu mais amo nessa vida, assim, faz muito sentido eu amar o Lynch também, rs.
      E também queria falar um pouco sobre aquelas cenas longuíssimas. De uns anos para cá, passei a curtir muito filmes parados (quando bem feitos, claro). Como vcs mencionaram, está cada vez mais raro encontrar alguém disposto a fazê-los, ou alguém disposto a apoiar (inclusive financeiramente) quem quer fazê-los. E é por isso que eu sentia um alívio tão grande quando o Lynch trazia aqueles episódios monótonos ao extremo. Nessas cenas, eu ficava rindo feito uma tonta, pq até eu, que gosto, já tinha percebido que a cena tinha passado do ponto faz tempo, e ele alongava ainda mais, só pra ter certeza que a gente percebeu que a cena É UM GRANDE NADA MESMO. Eu amava pq eu ficava fascinada com essa ousadia, de “perder” esse tempo todo com absolutamente nada, mas conseguir fazer isso de forma tão interessante!! Nunca esquecerei daquela cena em que o Albert vai procurar o Gordon no apartamento (para contar nenhuma novidade para nós, espectadores) e tem aquela moça que demora uma eternidade para sair e fica fazendo caras e bocas, depois ficam Albert e Gordon olhando um pra cara do outro falando uma frase a cada duas horas, com a câmera pulando de um para o outro, onde as expressões do Albert são impagáveis!!! Essa cena vai morar para sempre no meu coraçãozinho!!
      Pausa para a minha surpresa: eu tô em choque com a informação de que o Red é o menino de Estrada Perdida. Ele cresceu e virou outro ser humano, não é possível ficar tão diferente!!!
      Por fim, vou destacar a melhor frase do podcast, dita pela Ana Lúcia: “Quando eu mando alguém se foder, eu estou desejando o melhor para ela”. Vou emoldurar isso! É semelhante a um velho lema meu: “Não digo que isso é sacanagem, porque sacanagem é uma coisa boa.”
      Pós por fim, ainda vou conferir os links do post, mas já agradeço as indicações. Estou especialmente curiosa com o curta O Peixe Vermelho.
      Obrigada, de novo, pelo podcast maravilhoso! Eu sou a favor de ter um debate sobre Twin Peaks por mês! hahahaha
      Abraços!!

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