De 31 de maio a 13 de junho, São Paulo recebe a 7ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, evento dedicado a temas socioambientais e que celebra a Semana Nacional do Meio Ambiente e o Dia Mundial do Meio Ambiente (comemorado em 5 de junho).
Ao todo, 82 salas de cinema e espaços culturais da capital paulista receberão a programação que abarca 121 filmes, representando 31 países diferentes, todos com exibições gratuitas em espaços como Reserva Cultural, Centro Cultural Banco do Brasil, Espaço Itaú Augusta e o Circuito Spcine, entre outros.
Este ano, a Mostra Ecofalante faz uma retrospectiva dedicada ao cineasta alemão Werner Herzog, trazendo algumas de suas mais impactantes obras, onde o conflito entre a natureza e o homem estão fortemente evidenciados. Ao todo serão exibidos 18 filmes do diretor, incluindo desde seus primeiros títulos, como “Hércules” (1962) e “Fata Morgana” (1971), até alguns dos mais recentes, como “O Homem-Urso” (2005), “Encontros no Fim do Mundo” (2007) e “A Caverna dos Sonhos Esquecidos” (2012). Estão programados os longas-metragens realizados na Amazônia e interpretados pelo ator Klaus Kinsky: “Aguirre, a Cólera dos Deuses” (1972) e “Fitzcarraldo” (1982), este vencedor do prêmio de melhor direção em Cannes. Participam do debate em torno da obra de Herzog, a ser realizado no dia 9 de junho, no Espaço Itaú de Cinema, o teórico e especialista nos documentários de Herzog, Gabriel Tonelo, e a montadora Cristina Amaral, parceira de trabalho e de vida do saudoso cineasta Andrea Tonacci (“Serras da Desordem”).
A Ecofalante faz ainda uma homenagem ao ativista e ambientalista brasileiro Chico Mendes no marco dos 30 anos de seu assassinato, com a exibição de “Chico Mendes, Eu Quero Viver”, de Adrian Cowell, e “Crianças da Amazônia”, de Denise Zmekhol.
Outras atrações do evento incluem a Mostra Internacional Contemporânea (com filmes assinados por nomes como Jia Zhangke, com “Os Hedonistas”, Julien Temple, com “Habaneros”, D.A. Pennebaker, com “Alforria Animal”, e Wang Bing, com “Dinheiro Amargo”) e uma Competição Latino-Americana, com produções representando oito países da região (incluindo os brasileiros “Dedo na Ferida”, de Silvio Tendler, e “Baronesa”, de Juliana Antunes), além da apresentação em realidade virtual de “Munduruku: A Luta para Defender o Coração da Amazônia”, que oferece uma experiência com imagens, sons e aromas de uma aldeia amazônica.
Há ainda uma competição de produções socioambientais de escolas e cursos audiovisuais, sessões infantis, o Programa Ecofalante Universidades e a Mostra Escola, ambos voltados à exibição e à discussão em espaços educacionais, o Seminário de Cinema e Educação e dois workshops: “A Prática do Cinema Documental”, com Jorge Bodanzky (diretor de “Iracema – Uma Transa Amazônica”), e “O Audiovisual na Sala de Aula: A Arte a Favor do Meio Ambiente”.
SERVIÇO
7ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental
De 31 de maio a 13 de junho de 2018
São Paulo
Entrada gratuita
Programação e mais informações no site oficial da mostra