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    cinematório café #84: Reimaginando “Dumbo” e “Suspiria”

    Renato Silveira e Kel Gomes·

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    Neste podcast, nossa Atração Principal tem dois filmes ligados pelo fato de serem não exatamente remakes, mas reimaginações: Dumbo (EUA, 2019), versão de Tim Burton para a animação clássica da Disney, agora com uma mistura de live action e animação computadorizada; e Suspiria (Itália/EUA, 2018), de Luca Guadagnino, baseado na obra-prima do horror dirigida por Dario Argento em 1977.

    Para o bate-papo, nós recebemos Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG. 

    E tem mais! Na seção Corte Rápido, nossos comentários sobre os filmes “Guava Island” (EUA, 2019), musical de Hiro Murai, com Donald Glover e Rihanna, e “Cópias – De Volta à Vida” (Replicas, Reino Unido, 2018), ficção científica de Jeffrey Nachmanoff, com Keanu Reeves.

    Tem ainda o Recado Cinéfilo, espaço para a voz do ouvinte, através de e-mails, mensagens e comentários. Mande o seu para contato@cinematorio.com.br.

    O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia.

    Confira a minutagem deste episódio, caso você queira ir direto ao ponto:

    00:07:51 – Dumbo
    00:41:44 – Suspiria
    01:12:00 – Guava Island
    01:21:15 – Cópias
    01:36:58 – Recado Cinéfilo

    cinematório - Observando a sétima arte.

    Hyperlinks deste episódio:

    — Sobre “Dumbo”:

    • Videoclipe de “Baby Mine”, versão da banda Arcade Fire:

    • Cena da música “Baby Mine” na animação clássica:

    https://www.youtube.com/watch?v=calHOKucYMw

     

    — Sobre “Suspiria”:

    • Vídeo-ensaio do MUBI que relaciona “Os Sapatinhos Vermelhos”, “Cisne Negro” e “Suspiria:

    • Vídeo-ensaio sobre a trilogia original das Três Mães Bruxas, de Dario Argento:

     

    Apoio:

    Pão & Companhia

    MUBI

    O cinematório é parceiro do MUBI, um serviço de streaming de filmes que exibe preciosidades cinematográficas realizadas no mundo todo, escolhidas a dedo por uma equipe de curadores. Faça um teste por 30 dias grátis: basta se cadastrar neste link.

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    One Response

    1. Oi, pessoal! Esse episódio é sobre o remake de dois filmes que eu amo tanto, fica difícil não vir aqui comentar. Então, já peço desculpas pelo texto grande porque me empolguei bastante aqui!

      Dumbo é o desenho da minha infância! A versão com a primeira dublagem, diga-se de passagem. Afinal, quer interjeição melhor do que “bacalhau!”? Amo. Eu gostei muito da versão do Tim Burton – aliás, acho que é o melhor trabalho dele dos últimos anos. Eu gosto muito da estética dele, mas houve uns filmes em que achei tudo muito visualmente tresloucado (e não num bom sentido). Então, penso que esse tom mais contido faz muito bem a ele. Eu gosto de como a história foi adaptada para o mundo dos humanos e concordo que faltou um desenvolvimento maior da relação do pai com os filhos. Mas eu preciso discordar sobre a menina Nico Parker. Ela é lindinha e eu amei a personagem, mas achei que a interpretação dela é muito falha (decorada), a ponto de isso me tirar do filme em algumas cenas. Também não é um filme que super me emocionou e todas as vezes em que fiquei com vontade de chorar, foram os momentos em que fez-se menção ou homenagem ao filme original. Na parte da música da mãe do Dumbo, por exemplo, eu chorei pensando na cena da animação. Mas o saldo é definitivamente positivo.

      Com relação a Suspiria, preciso vir em apoio ao Renato! Eu gosto muito desse novo filme, mas ainda prefiro o original. Acho que o Luca fez uma atualização incrível do filme para 2019, acho que visualmente o filme é lindo e coerente com a nova proposta. Entretanto, tenho minhas dúvidas se será um filme que irá sobreviver como um dos grandes clássicos do cinema de terror, da mesma forma que acontece com o original. Entendem? O filme do Argento me parece mais artisticamente revolucionário para a época. E, mesmo hoje, eu fico mais arrebatada assistindo o Suspiria do Argento do que o novo. E eu não consigo resistir a filmes que me arrebatam hahaha. Eu prefiro um filme experimental, impactante e que tenha lá alguns defeitos, do que um filme perfeitinho, consistente, redondinho (isso é loucura?). Eu acho que o do Luca se aproxima mais dessa segunda categoria.
      Sobre ser um filme “pós-horror”, eu não gosto desse termo, resumidamente porque ele pressupõe que o que vem sendo feito agora é “melhor” do que o terror “tradicional” e que o tipo de terror que está em voga atualmente (que eu chamaria mais de um terror psicológico, ou algo nesse sentido – até mesmo o termo meta-terror acho bem válido) não era feito no terror antes – e são duas premissas equivocadas. Mas eu discordo quando o Renato diz que o Luca não trabalha tão bem o terror. Eu assisti com a minha mãe os dois filmes (ela amou os dois) e, ao terminar o novo, a primeira coisa que ela comentou foi: “puxa, esse filme é bem mais de terror que o outro!!”. Claro, temos que relevar o fato de que ela não está considerando os diferentes contextos e técnicas; mas se o modo como o Luca nos aterroriza nesse novo Suspiria é “diferente” do terror mais explícito (afinal, gore!) do original, isso não faz com que deixe de ser também terror.
      Sobre a Tilda ter interpretado o psiquiatra: eu amei isso. Não exatamente pelo fato de ser legal por si só (ela é foda), mas pelo seguinte: O elenco é basicamente todo feminino, certo? Eu gosto da ideia de que temos apenas três personagens masculinos, sendo dois praticamente inúteis (inclusive são ridicularizados) e o único que é de fato interessante é, na verdade, uma mulher hahaha. Admito que é infantilidade minha, mas ninguém é perfeito!! rs
      Beijão pra todos!

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