“A Febre”, de Maya Da-Rin, está na competição do Festival de Locarno

"A Febre" (2019) - Foto: Tamanduá Vermelho/Divulgação
"A Febre" (2019) - Foto: Tamanduá Vermelho/Divulgação

“A Febre”, primeiro longa de ficção da diretora brasileira Maya Da-Rin, competirá pelo Leopardo de Ouro no Festival de Locarno. A seleção foi anunciada hoje.

Coprodução entre Brasil, França e Alemanha, o filme acompanha Justino, um indígena de 45 anos, viúvo, que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive em uma casa modesta na periferia de Manaus, na companhia de sua única filha, que está de partida para Brasília. Certo dia, ele é tomado por uma febre forte. Após ter sonhos com uma criatura que vagueia pela floresta, Justino passa acreditar que está sendo seguido.

Em sua fase de pré-produção, “A Febre” participou do programa de residência Cinéfondation, do Festival de Cannes, e dos laboratórios Script&Pitch e FrameWork, do TorinoFilmLab. Também recebeu apoio do Hubert Bals Fund, do Festival de Roterdã, e ganhou menção do Júri no Brasil CineMundi, da Mostra Cine BH.



Filha dos cineastas Silvio Da-Rin e Sandra Werneck, Maya Da-Rin dirigiu antes os curtas “E Agora, José?” (2002) e “Versão Francesa” (2011), além dos documentários “Margem” (2007) e “Terras” (2009).

O último filme brasileiro a competir pelo Leopardo de Ouro foi “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, em 2017. No ano passado, o cinema nacional esteve representado no Festival de Locarno com os filmes “Temporada” (2018), de André Novais Oliveira, que competiu na mostra Cineastas do Presente, e “Sedução da Carne” (2018), de Julio Bressane, apresentado fora de competição.

A 72ª edição do Festival de Locarno acontece na cidade suíça de 7 a 17 de agosto.