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Tudo que você precisa saber sobre a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes

Mostra de Tiradentes, Cine Praça - Foto Leo Lara - Universo Produção

Mostra de Tiradentes, Cine Praça - Foto Leo Lara - Universo Produção

Evento que inaugura o calendário audiovisual brasileiro e que se estabeleceu como plataforma de novidades para “ficar de olho”, a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontece de 24 de janeiro a 1º de fevereiro de 2020, na cidade histórica mineira, localizada na região do Campo das Vertentes. Nesta edição, serão exibidos 113 filmes e promovidas 39 mesas de debates, diálogos audiovisuais e a série Encontros com os Filmes, além de performances artísticas e musicais, oficinas e lançamentos de livros. Toda a programação é gratuita.

Cine-Praça (Tiradentes – MG). Foto: Leo Lara/Universo Produção

A mostra é realizada pela Universo Produção e a seleção dos filmes é feita pela equipe de curadores, dividida em coordenação curatorial, curadoria de longas e curadoria de curtas. A coordenação fica a cargo de Francis Vogner dos Reis, que também participa, ao lado de Lila Foster, da curadoria de longas. Já os responsáveis pelos curtas são Camila Vieira, Pedro Maciel Guimarães e Tatiana Carvalho Costa. Além de selecionarem as obras, os curadores propõem diretrizes conceituais, homenagem e indicam nomes para integrar outras atividades do evento, como oficinas.

O que norteia conceitualmente a Mostra de Tiradentes é a temática central, que neste ano de  2020 propõe “A imaginação como potência”, um convite a refletir sobre a força da criatividade humana, a que lugares ela pode nos levar. Principalmente diante do nosso cenário político tão incerto, que tem provocado desesperança e, por vezes, sido perturbador, o espaço de exibição e discussões da mostra se torna ainda mais necessário para que a arte e a liberdade de criação, mesmo enfrentando desvalorização e falta de incentivos, mostre sua efervescência e diversidade. Efervescência essa que rendeu para Tiradentes uma programação intensa de 53 sessões de cinema. 

As sessões

A Mostra Homenagem celebra Antônio Pitanga e Camila Pitanga, pai e filha com carreiras prolíficas e de grande relevância para a cultura brasileira. Entre as obras deles que serão exibidas, está o filme de abertura do evento, “Os Escravos de Jó”, dirigido por Rosemberg Cariry, com Antônio Pitanga no elenco. O longa faz sua pré-estreia mundial em Tiradentes. Além dos filmes e da aguardada presença dos homenageados, também haverá uma mesa de debate sobre seus trabalhos. 

Camila Pitanga e Antônio Pitanga. Foto Leo Lara/Universo Produção

A Mostra Aurora, principal competitiva de Tiradentes, dedicada às produções de diretores em início de carreira em longa-metragem (com até três filmes), apresenta os filmes “Cabeça de Nêgo” (CE), de Déo Cardoso; “Cadê Edson?” (DF), de Dácia Ibiapina; “Mascarados” (GO), de Marcela Borela e Henrique Borela; “Pão e Gente” (SP), de Renan Rovida; “Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu” (SP), de Bruno Risas; “Canto dos Ossos” (CE), de Jorge Polo e Petrus de Bairros; “Natureza Morta” (MG), de Clarissa Ramalho; e “Sequizágua” (MG), de Maurício Rezende. Eles serão avaliados pelo Júri da Crítica e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros do evento, além do Prêmio Helena Ignez, dado a um destaque feminino.

A Mostra Olhos Livres tem filmes avaliados pelo Júri Jovem (formado por estudantes universitários de cursos de Cinema, Jornalismo, entre outros), que concorrem ao Prêmio Carlos Reichenbach. Essa seção apresenta trabalhos de realizadores com alguma trajetória consolidada e em constante expansão de invenções e novos sentidos de apreensão. Este ano, a Olhos Livres traz “Até o Fim” (BA), de Ary Rosa e Glenda Nicácio; “É Rocha e Rio, Negro Leo” (RJ), de Paula Gaitán; “Fakir” (SP), de Helena Ignez; “Sertânia” (CE), de Geraldo Sarno; e “Yãmĩyhex: As Mulheres-espírito” (MG), de Sueli Maxakali e Isael Maxakali.

Os curtas, que somam um total de 81 títulos, são apresentados dentro das mostras Foco, Panorama, Foco Minas, A Imaginação como Potência, Formação, Jovem, Valores, Mostrinha (produções voltadas para o público infantojuvenil) e Praça, sendo que a Mostra Foco reúne as obras que serão avaliadas pelo Júri da Crítica e que também competem pelo Prêmio Canal Brasil de Curtas (que tem júri próprio, organizado pelo canal).

Na Mostra Praça, que também exibe longas, há destaques como “Pacarrete” (CE), de Allan Deberton, premiado no Cine Ceará de 2019, e “Três Verões” (RJ), de Sandra Kogut, pelo qual Regina Casé ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio do ano passado. E dois longas integram a Foco Minas, “O Lodo”, de Helvécio Ratton, e “A Torre”, de Sérgio Borges, que será o filme de encerramento. Outra produção premiada e que será exibida numa Sessão-Debate é “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz, que levou o Prêmio da Crítica Independente e foi eleito Melhor Documentário no Festival de Veneza de 2019.

Marcélia Cartaxo em “Pacarrete”. Foto: Divulgação

Programação artística

A Mostra de Tiradentes também promove, em parceria com o Sesc Minas, uma série de atividades gratuitas composta por exposições, cortejos, teatro de rua, performances, intervenções e apresentações musicais, tudo em diálogo com a temática central. Nomes como Banda Ramalho, Barulhista, Elisa de Sena, De Tempo Somos – Um Sarau do Grupo Galpão, Circolar – Circo de Brinquedo, Rosa Neon, Poliphonicos, Ava Rocha com participação especial de Negro Leo, Heberte Almeida, Adriana Araújo, Jazzcorde-on, VJ Carou Araújo, VJs Pedro Pedro e Romana, entre outros. A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento.

Fique ligado e acompanhe a cobertura do cinematório na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no site e nas redes sociais: Instagram, Twitter e Facebook.

SERVIÇO
23ª Mostra de Cinema de Tiradentes
De 24 de janeiro a 1º de fevereiro 2020
Entrada gratuita
Mais informações aqui.

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