O MIS Cine Santa Tereza está reaberto para o público de Belo Horizonte. O espaço volta a funcionar após meses fechado por conta da pandemia, agora atendendo a todos os protocolos de prevenção ao contágio pela Covid-19. Por isso, a retirada de ingressos para as sessões deve ser feita antecipadamente, pelo site pbh.gov.br/miscinesantatereza.
Até o final de março, a programação do Cine Santa Tereza contará com duas mostras, uma voltada a toda a família, com filmes de animação, e outra com uma seleção de produções que abordam a questão racial, incluindo longas como “Infiltrado na Klan” e “Pantera Negra”.
No espaço, também pode ser visitada a exposição “Cinema Cubano em Cartaz”, que narra parte do processo histórico da produção cinematográfica cubana na segunda metade do século 20. A entrada é gratuita, tanto para a exposição quanto para as sessões do cinema.
Também por causa da pandemia, o Cine Santa Tereza volta a funcionar inicialmente com redução de poltronas disponíveis na sala de cinema a 50% da lotação, além da demarcação dos assentos com distanciamento. Vale lembrar que o uso de máscara dentro do local é obrigatório. O funcionamento será de quarta-feira a domingo, com sessões às quatro da tarde e às sete e meia da noite.
O MIS Cine Santa Tereza fica na Rua Estrela do Sul, 89, ao lado da Praça Duque de Caxias, no tradicional bairro Santa Tereza, na região Leste de BH.
Mostras
A “Sessão Infantil Cine Santê – Animação para toda a família”, com exibições entre os dias 24 de fevereiro a 28 de março, traz uma seleção especial de longas de animação, que estarão em cartaz sempre às 16h30. Serão apresentados os filmes “Viva! A Vida é uma Festa”, “Divertida Mente”, “Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica”, “Monstros S.A.” e “Valente”.
Outra programação confirmada é a “Sessão Cine Santê: Cinema negro americano em destaque”, com filmes da atualidade que abordam a questão racial, e serão exibidos sempre às 19h. A programação estará em cartaz até o dia 28 de março. O longa “Pantera Negra”, que traz a história do herói dos quadrinhos, estrelado por Chadwick Boseman, é um dos selecionados. A produção traz uma equipe composta majoritariamente de artistas e técnicos negros, cuja estética e música se alicerçam na cultura originária africana.
Também serão exibidos: “Infiltrado na Klan”, do consagrado diretor americano Spike Lee; “Selma”, título que fez com que Ava DuVernay se tornasse a primeira diretora negra a ter seu filme nomeado para o Oscar de Melhor Filme; e ainda “Corra!” e “Nós”, duas obras do diretor Jordan Peele, conhecido por suas produções no gênero terror.
Exposição
Na exposição “Cinema Cubano em Cartaz”, apresentada na área interna do MIS Cine Santa Tereza, os cartazes de Eduardo Bachs exploram cores, formas, texturas e elementos gráficos que fazem referência a grandes escolas e movimentos artísticos, como a pop art, o Push Pin Studios de Nova York e aos pôsteres de filmes do leste europeu. Usando técnicas de desenho e impressos em serigrafia, suas produções são um grande exemplo do diálogo existente entre as artes gráficas e a sétima arte.
A partir dessas misturas, o artista propõe um estilo original e inventivo, que vai do uso de imagens satíricas ao conteúdo crítico e dramático. Seus cartazes se tornaram grandes objetos de valor histórico e cultural, sendo considerados bastante raros, principalmente por conta de sua tiragem reduzida, além de preservarem um momento fundamental da história do cinema mundial. As peças fazem parte do acervo iconográfico do Museu da Imagem e do Som (MIS-BH).
Nascido em 1936, em Valência, na Espanha, Eduardo Bachs mudou-se para Cuba quando criança, em 1941. Foi no país latino-americano que construiu sua trajetória como artista gráfico e designer, e se tornou um nome central para o cinema e para o Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica. Junto com outros grandes designers, como Azcuy, Damian, Dimas, Julio Eloy, Niko, Reboiro e Raul Martinez, Bachs inaugurou uma importante escola de artes gráficas na América Latina, ao imprimir sua assinatura em diversos pôsteres do cinema cubano, num período de pós-revolução no país e que se espalhou pelo restante do continente americano.
Com informações das assessorias de imprensa da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.