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Olhar de Cinema chega à 11ª edição com retorno presencial

"Os Primeiros Soldados" (2021), de Rodrigo de Oliveira - Divulgação

De hoje, 1º de junho, até o próximo dia 9, acontece a 11ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Depois de dois anos sendo realizado exclusivamente em formato online, o festival está de volta à sua data original e com programação presencial, retomando a experiência do cinema como experiência compartilhada. Além de voltar a ocupar salas e outros espaços da capital paranaense, o Olhar de Cinema também traz algumas sessões e atividades que podem ser acessadas online, no site oficial e no canal do festival no YouTube.

São mais de 100 filmes de 40 países, sendo quase a metade produzida no Brasil. A programação intensa inclui o retorno dos encontros do laboratório de desenvolvimento de projetos de longas-metragens CURITIBAlab e do Seminário de Cinema de Curitiba, que também tem transmissão ao vivo. A abertura do evento, às 19h, no Cine Passeio, exibe “Vai e Vem”, dirigido por Chica Barbosa e Fernanda Pessoa, que estarão presentes para a apresentação do filme. No mesmo horário, o longa também será exibido no Teatro da Vila. A produção conta a história da ligação e das trocas entre as duas diretoras em dois países diferentes, Chica Barbosa morando em Los Angeles (EUA) e Fernanda Pessoa em São Paulo.

“Vai e Vem” (2022), de Chica Barbosa e Fernanda Pessoa – Divulgação

Olhares diversos

Os filmes que integram a seleção deste ano fazem uma amostra da produção mundial realizada e lançada em meio a anos conturbados. São títulos que refletem a realidade específica nos anos da pandemia, que abordam conflitos ao redor do mundo (armados às vezes, mas também étnicos ou sociais) e trazem à reflexão questões como representatividade e visibilidade. Neles, muitas vezes se veem mesclados dramas individuais e familiares de cineastas e seus personagens com questões amplas de países e regiões onde suas narrativas se passam. Os filmes, então, se atravessam, unindo passado e presente, mas também projeções de possíveis futuros.

Além das mostras tradicionais do festival, está de volta a mostra Olhar Retrospectivo, destacando a obra da estadunidense Su Friedrich, importante nome do cinema de invenção e referência para o pensamento das autorias lésbicas. Foram escolhidos sete filmes, de diferentes períodos de seu trabalho como diretora em diálogo com outras artistas que, em sua maioria, têm em seus trabalhos a busca pela reinvenção da linguagem.

Outra mostra que retorna é a Olhares Clássicos, com seis títulos que celebram a história do cinema, entre eles “Nanook, o Esquimó” (Nanook of the North, 1022), de Robert J. Flaherty, em seu centenário, e filmes menos conhecidos no Brasil realizados por cineastas como Sara Gómez, de Cuba, e Ousmane Sembène, do Senegal. Grandes nomes do cinema dos quais nos despedimos recentemente serão homenageados: Peter Bogdanovich, Arnaldo Jabor, Geraldo Sarno.

“Nanook, o Esquimó” (Nanook of the North, 1922), de Robert J. Flaherty – Divulgação

Um dos expoentes do chamado Novo Cinema Boliviano, Kiro Russo, é o nome da Mostra Foco. Com dois longas e quatro curtas-metragens na filmografia, o cineasta tem apresentado um estilo atento à observação dos movimentos urbanos e rurais na Bolívia, mesclando a cosmologia indígena ao acelerado ritmo da urbanização no país. Já fora das mostras regulares, duas exibições especiais de filmes ganhadores nas últimas edições estão programadas no Museu Oscar Niemeyer: A Metamorfose dos Pássaros (2020), de Catarina Vasconcelos, e “Rolê – Histórias dos Rolezinhos” (2021), de Vladimir Seixas.

Toda a programação, com os filmes selecionados e atividades paralelas, está disponível no site do festival e no aplicativo do Olhar de Cinema para Android e iOS.

Confira abaixo os filmes da Mostra Competitiva e da Mostra Olhares Brasil:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS
A Censora (2021), de Peter Kerekes
Alan (2022), de Diego Lisboa, Daniel Lisboa
Uma Noite Sem Saber Nada (2021), de Payal Kapadia
A Ferrugem (2021), de Juan Sebastian Mesa
É Preciso Uma Aldeia (2022), de Adam Koloman Rubansky
Filme Particular (2022), de Janaína Nagata
Freda (2021), de Gessica Geneus
O Trio Em Mi Bemol (2022), de Rita Azevedo Gomes
Paterno (2021), de Marcelo Lordello

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS
Constante (2022), de Beny Wagner, Sasha Litvintseva
Holocausto Sagrado (2021), de Osi Wald, Noa Berman-Herzberg
Infantaria (2022), de Laís Santos Araújo
Invisíveis (2022), de Esteban Garcia Garzon
Madrugada (2021), de Leonor Noivo
Mal Di Mare (2021), de João Vieira Torres
Moune Ô (2022), de Maxime Jean-Baptiste
Xar: Sueño De Obsidiana (2022), de Edgar Calel, Fernando Pereira dos Santos

MOSTRA OLHARES BRASIL | LONGAS
Casa Vazia (2021), de Giovani Borba
Maputo Nakuzandza (2021), de Ariadne Zampaulo
Os Primeiros Soldados (2021), de Rodrigo de Oliveira
Seguindo Todos os Protocolos (2021), de Fábio Leal

MOSTRA OLHARES BRASIL | CURTAS
Curupira e a Máquina do Destino (2022), de Janaina Wagner
Manhã de Domingo (2022), de Bruno Ribeiro
Não Vim No Mundo Para Ser Pedra (2022), de Fábio Rodrigues Filho
Orixás Center (2021), de Mayara Ferrão
Solmatalua (2022), de de Rodrigo Ribeiro-Andrade

 

SERVIÇO
11º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
De 1º a 9 de junho de 2022
Locais: Cine Passeio, Cinemark Mueller, Teatro da Vila, Cinemateca de Curitiba, Museu Oscar Niemeyer
Ingressos: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia)
Aluguel de filmes online: R$ 6
Mais informações aqui.

 

Com informações da assessoria de imprensa do Olhar de Cinema.

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