Gal Costa - Foto: Marcos Hermes/Divulgação

Homenagem: Gal Costa e o Cinema

A doce e bárbara Gal Costa faleceu hoje, quarta-feira, dia 9 de novembro de 2022, aos 77 anos. Além da trilha sonora de nossas vidas, ela também deixa sua marca nas trilhas sonoras do cinema. Com a sua partida, nós nos despedimos. Mas, sublime e eterna, ela ainda vive no legado que deixou e em tudo que por ela é inspirado.

Para uma pequena homenagem a esta imensa mulher, o cinematório relembra os encontros da Gal com o cinema, onde sua voz deu mais vida e sentido às imagens, aos planos, cenas e histórias vistas nas telas. Preparamos uma playlist com as principais músicas gravadas por ela que podem ser ouvidas em filmes brasileiros:

 



  • Em “Gabriela” (1983), de Bruno Barreto, Gal dá voz ao tema principal do filme, composto por Tom Jobim. Uma das mais famosas adaptações do romance de Jorge Amado é protagonizada por Sônia Braga.

 

  • Gal também canta em outra popular adaptação de Jorge Amado para o cinema estrelada por Sônia Braga: “Tieta do Agreste” (1996), de Carlos Diegues. Aqui, interpretando canções de Caetano Veloso.
  • Caetano Veloso compôs “Tigresa”, que foi gravada por Gal Costa e é um dos sucessos da MPB na trilha sonora de “Dedé Mamata” (1988), filme de Rodolfo Brandão, estrelado por Guilherme Fontes, Malu Mader e Marcos Palmeira.
  • Dentre as várias colaborações entre Gal e Caetano, outra que está no cinema é “Luz do Sol”, da trilha sonora de “Índia, a Filha do Sol” (1982). O primeiro longa-metragem de Fábio Barreto também marcou a estreia da atriz Glória Pires no cinema.
  • A ligação cinematográfica entre Gal e Sônia Braga também está em “Bacurau” (2019), de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, que tem na abertura a música “Não Identificado”, mais uma composição de Caetano Veloso.
  • Na voz de Gal, “Vapor Barato”,  escrita por Jards Macalé e Waly Salomão, torna memorável a bela sequência final do filme “Terra Estrangeira” (1995), de Daniela Thomas e Walter Salles.

Para além da voz, Gal pode ser vista em ação no documentário musical “Os Doces Bárbaros” (1977), de Jom Tob Azulay, que registra a turnê feita pelo grupo formado por Gal, Caetano, Gilberto Gil e Maria Bethânia em 1976, para comemorar os primeiros 10 anos de carreira deles. E, também, no curta-metragem “Meu Nome É Gal”, que é dirigido por Antonio Carlos da Fontoura e registra a performance de Gal Costa em três canções que marcaram os momentos iniciais de sua carreira: “Saudosismo” e “Não Identificado”, de Caetano Veloso, e “Meu Nome é Gal”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

E tem tanto mais… Segue uma lista de outros filmes e outras músicas:

  • “A Mulher de Todos” (1969), com “Que Pena”
  • “Brasil Ano 2000” (1969), com “Show De Me Esqueci”
  • “Eu Transo, Ela Transa” (1972), com “Dê um Rolê”
  • “A Estrela Sobe” (1974), com “Nada Além”
  • “Perdoa-me Por Me Traíres” (1980), com “Mil Perdões”
  • “Jubiabá” (1986), com “Lindinalva”
  • “O Mandarim” (1995), com “Morena Olhos D’água”
  • “A Partilha” (2001), com “Apaixonada”
  • “Durval Discos” (2002), com “London, London”
  • “Meu Tio Matou um Cara” (2004), com “Barato Total”
  • “Divã” (2009), com “Sua Estupidez”
  • “Mais Forte que o Mundo” (2016), com “Baby”
  • “Amores de Chumbo” (2016), com “Negro Amor”

Obrigada por tudo, Gal!

No nosso perfil musical do Spotify, organizamos a playlist “Gal: Nas Telas e Para Sempre”. Boa escuta (e bons filmes)!