"O Caso Você" (The Case You, 2020), de Alison Kuhn - Divulgação
"O Caso Você" (The Case You, 2020), de Alison Kuhn - Divulgação

Mostra online e na Cinemateca explora os rumos do cinema alemão contemporâneo

cinema alemão contemporâneo

A história do cinema alemão é conhecida por suas inúmeras inovações técnicas e estéticas. Da invenção do bioscópio pelos irmãos Max e Emil Skladanowsky em 1885, passando pelo expressionismo e o novo cinema alemão dos anos 1960 e 1970 com Werner Herzog e Rainer Werner Fassbinder, o caminho tem sido permeado por experimentações temáticas e de linguagem em uma consistente produção criativa.

Mas para onde está indo o cinema alemão contemporâneo? A mostra Cinema Alemão: Novas Direções, uma correalização da Cinemateca Brasileira e Goethe-Institut, reúne 13 longas e seis curtas-metragens para buscar respostas a essa pergunta.

A seleção apresenta filmes recentes que trazem reflexões sobre ecologia, pertencimento, feminismo, inteligência artificial, relacionamentos, antirracismo, universos LGBTQIA+ e decolonialidade. Com sessões presenciais na Cinemateca Brasileira, a mostra também acontece online, na plataforma de streaming Goethe on Demand, com cinco títulos exclusivos.



Na seleção online, o público poderá assistir a “Garotas Gordas” (2011), de Axel Ranisch; “A Gatinha Esquisita” (2013), de Ramon Zürcher; “O Samurai” (2014), de Till Kleinert; “Animais Nus” (2020), de Melanie Waelde; e “Todos os Outros” (2009), de Maren Ade. O filme de Tatjana Turanskyj, “Uma Mulher Flexível” (2010) será exibido tanto presencialmente quanto online.

A série de filmes online tem curadoria de Aliza Ma e Toby Ashraf. São produções atuais e premiadas, alguns filmes já consagrados, outros com linguagens jovens, poéticas e ousadas, ainda desconhecidas do grande público, inclusive na Alemanha.

Entre os destaques das exibições presenciais na Cinemateca está “As Faces de Toni Erdmann” (2016), também dirigido por Maren Ade, que estreou em competição no Festival de Cannes, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2017 e eleito o melhor filme de 2016 pela revista Sight & Sound e pela Cahiers du Cinéma.

"Lar Doce Lar" (Neubau, 2020), de Johannes Maria Schmit - Divulgação
“Lar Doce Lar” (Neubau, 2020), de Johannes Maria Schmit – Divulgação

Também chamam a atenção “Lar Doce Lar” (2020), de Johannes M. Schmit, baseado em roteiro de Tucké Royale, artista trans da cena queer alemã e protagonista do longa e vencedor dos prêmios de melhor filme e de relevância social no Festival Max Ophüls; e “O Caso Você” (2020), em que a diretora Alison Kuhn convidou cinco atrizes que, assim como ela, passaram por uma situação de assédio sexual em audições com o mesmo diretor, para elaborarem o trauma e como ele afeta suas vidas pessoais e profissionais. A cineasta estará na Cinemateca Brasileira no sábado, dia 29/04, às 18h, para uma conversa com o público.

A mostra traz ainda “Home”, estreia da atriz e celebridade alemã Franka Potente (“Corra Lola Corra”) na direção; “Preciosa Ivie”, filme de estreia da diretora alemã Sarah Blaßkiewitz; “Undine”, do premiado diretor alemão Christian Petzold; “Sem Ressentimentos”, longa de estreia do diretor alemão Faraz Shariat, premiado como melhor filme LGBTQIA+ no Festival de Berlim de 2020; e “Victoria”, premiado filme de Sebastian Schipper que chama atenção por ser narrado em um único plano-sequência, sem cortes.

Confira mais detalhes sobre os filmes e a programação completa no site oficial da Cinemateca Brasileira.

Com informações da assessoria de imprensa da Cinemateca Brasileira.