O 27º Cine PE teve início na noite dessa segunda-feira, 4 de setembro, em Recife, com o tema “O Audiovisual é da Nossa Natureza”. A primeira noite do festival, sediado no Teatro do Parque, recebeu grandes nomes da cena cultural pernambucana, como o produtor e ativista cultural Roger de Renor, o maestro Formiga, o compositor Onildo Almeida e o compositor Jota Michiles. Nomes importantes do audiovisual também desfilaram pelo saguão do tradicional Teatro do Parque para prestigiar o evento, a exemplo de Letícia Spiller, que está no Recife como jurada de longas-metragens do festival, Caio Blat, homenageado desta edição, e sua esposa, a atriz Luísa Arraes, e o ator Edson Celulari.
Celulari, que está na capital pernambucana para a exibição do filme “Ainda Somos Os Mesmos”, de Paulo Nascimento, subiu ao palco para falar sobre o filme e sobre a importância do Cine PE. “Eu vim aqui porque eu acredito no cinema, acredito nessa retomada pós-pandemia, na importância de sair de casa e assistir a um conteúdo com uma experiência social, política, emocional e coletiva que é muito diferente. Nós precisamos retomar o nosso público, nós precisamos encher esse teatro”, comentou. O longa, filmado no Brasil e no Chile, foi exibido dentro da Mostra Hors-Concours.
Na mesma noite, o documentário “Frevo Michiles”, de Helder Gomes, deu início à Mostra Competitiva de Longas-Metragens. No palco, o compositor Jota Michiles não escondeu a emoção. “Eu pensei que tinha vivido todas as emoções da minha vida musical, mas esse é mais um momento de grande emoção, de grande alegria depois do sucesso maravilhoso que foi esse filme em São Paulo. Estou aqui mais uma vez para contar em filme trechos da minha vida musical, dos meus 80 anos de idade”, pontuou.
Além de “Frevo Michiles”, os longas nacionais selecionados para a mostra competitiva do 27º Cine PE são: “Porto Príncipe”, de Maria Emília de Azevedo (RJ); “Agreste”, de Sérgio Roizenblit (SP); “Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia”, de José Carlos Arandiba “Zebrinha” (BA); “Chumbo”, de Severino Neto (MT); e “Entrelinhas”, de Guto Pasko (PR). Os vencedores serão conhecidos na cerimônia de encerramento, no próximo dia 9 de setembro.
Ingressos gratuitos
Por mais um ano, a entrada para todas as sessões do 27º Cine PE será gratuita. Em comum acordo com a Prefeitura do Recife, gestora do Teatro do Parque, e com a administração do Cinema do Porto, Sandra Bertini optou mais uma vez pela gratuidade, para tornar o cinema um espaço acessível à população. Durante o festival, a bilheteria do Teatro do Parque abrirá diariamente às 17h para retirada dos ingressos. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala. A produção salienta que o cinema possui 650 lugares e que as poltronas serão ocupadas por ordem de chegada. Assim como nos anos anteriores, o Cine PE contará com legendagem descritiva para atender ao público com deficiência auditiva.
Homenageados
Como todos os anos, o Cine PE rende homenagem a figuras importantes do audiovisual brasileiro. Neste ano, os escolhidos para receber a Calunga de Ouro por sua trajetória são o ator Caio Blat e a empresa de produções cinematográficas L.C. Barreto. A entrega das honrarias acontece, respectivamente, nos dias 5 e 6 de setembro, no cinema do Teatro do Parque.
Mostra Paralela
Neste ano, pela primeira vez, o Cine PE incluiu em sua programação uma Mostra Paralela de Curtas-Metragens Nacionais – Sessão Matinê, que será sediada pelo Cinema do Porto/Cinema da Fundação, no Bairro do Recife, no dia 7 de setembro. Serão exibidos os curtas “A Última Vez Que Saímos do Armário”, de Bruno Tadeu (MG); “Apocalypses Repentinos”, de Pedrokas (CE); “Bizarros Áudios”, de Diego Akel (CE); “Contraplano”, de Débora Bukanowsky (BA); “Geração Cinemateca”, de Miriam Karam (PR); “Papel de Parede”, de Duda Cavalcanti (PE); e “Quem Me Quer?”, de Tiago Pinheiro (PE).
Confira a programação completa do 27º Cine PE no site oficial.
Com informações da assessoria de imprensa do Cine PE.