Além do documentário “Eros”, o cinema brasileiro estará representado no festival CPH:DOX 2024 com o filme “Salão de Baile”.
Escrito e dirigido pela dupla Vitã e Juru, o longa-metragem é um mergulho no universo efervescente de uma comunidade preta LGBTQIAPN+ do Rio de Janeiro, que segue a trilha da cultura ballroom, criada na década de 1960, em Nova York, nos Estados Unidos.
Tanto Juru como Vitã fazem parte da cena ballroom fluminense, assim como a maioria da equipe do documentário. No filme, nós acompanhamos uma ball (baile) onde as pessoas têm a liberdade para experimentar novas possibilidades de expressão de identidade, de gênero e potenciais artísticos, através dos movimentos de seus corpos.
“A ballroom é um lugar de potencialização desses corpos dissidentes, um espaço criado por e para pessoas trans e pretas, especialmente, poderem resistir às opressões e celebrar suas existências”, explica Juru.
“Mais do que um filme sobre a cena ballroom, nós fizemos um filme com a comunidade ballroom. Queremos proporcionar ao espectador uma experiência de imersão no universo, com o nosso olhar ‘de dentro’”, complementa Vitã.
O documentário conta também a história do movimento. Num exercício de fabulação, artistas brasileiras da cena contemporânea encenam personagens históricas da ballroom norte-americana, como Crystal LaBeija, uma das fundadoras do movimento.
“Salão de Baile” foi realizado com patrocínio do 2º Edital de Fomento ao Audiovisual da Prefeitura de Niterói – FAN – Fundação de Arte de Niterói, e coproduzido pela RioFilme.
As exibições no CPH:DOX acontecem nos dias 14, 15, 19 e 23 de março, em Copenhague, na Dinamarca. O filme participa da mostra “Sound & Vision”, voltada para obras que exploram a linguagem musical.