A Cinemateca Brasileira e o Museu Mazzaropi vão recuperar e digitalizar seis filmes de Amácio Mazzaropi. Aprovado por edital da Lei Paulo Gustavo, em São Paulo, o projeto tem investimento de 200 mil reais e inclui mostras e debates no segundo semestre deste ano, tanto na sede da Cinemateca, na capital paulista, quanto no Museu, localizado em Taubaté.
Conhecido pelo personagem do caipira que marcou sua carreira, Mazzaropi participou de filmes que se caracterizavam pelo humor, às vezes com um toque de melodrama, que abordavam temas e discussões importantes como o racismo, a reforma agrária, injustiças sociais e a relação entre campo e cidade. Fez isso adotando uma linguagem popular capaz de alcançar números de bilheteria impressionantes.
“Mazzaropi fez um cinema genuinamente brasileiro que continua sendo visto e revisto. Seus filmes ainda hoje inspiram cineastas e artistas que, como ele, buscam retratar o Brasil. O restauro digital destes seis filmes vai reavivar Mazzaropi e as nossas brasilidades”, complementa Claudio Marques, Curador do Museu Mazzaropi.
Para a recuperação das obras, o processo contempla ações de pesquisa, conservação e digitalização de seis títulos, que passarão a contar com cópias em formato DCP para circulação em salas de cinema.
“A obra de Mazzaropi ocupa um lugar especial na história do cinema brasileiro pelo seu alcance popular. Com essa importante ação, a Cinemateca Brasileira reforça seu objetivo primordial de preservar o audiovisual e de disponibilizar o acervo através do processo de digitalização”, destaca Maria Dora Mourão, Diretora Geral da Cinemateca Brasileira.
Os filmes contemplados no projeto pertencem aos acervos da Cinemateca Brasileira e do Museu Mazzaropi. São obras que não possuem cópias digitais para difusão e são importantes para a filmografia de Mazzaropi. Entre elas estão a sua estreia no cinema, “Sai da Frente”, de 1952, e o grande sucesso “O Corintiano”, de 1966.
Também serão digitalizados os filmes: “Candinho”, de 1953; “Zé do Periquito”, de 1961; “O Lamparina”, de 1964; e “O Puritano da Rua Augusta”, de 1966.
Com informações da assessoria da Cinemateca Brasileira.