Os filmes e artistas vencedores do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foram conhecidos na cerimônia de premiação realizada na noite de sábado, 7 de dezembro. O evento, realizado no Cine Brasília, contou com a presença de mais de 30 mil pessoas ao longo de sua programação e premiou 49 produções entre longas e curtas-metragens. Dois prêmios honorários também foram concedidos durante o festival, que é o mais antigo em atividade no Brasil.
A cerimônia de premiação foi apresentada pelas atrizes Ana Luiza Bellacosta e Gleici Damasceno e destacou produções de diferentes estados do país. Entre os longas-metragens da Mostra Competitiva Nacional, os grandes vencedores foram o pernambucano “Salomé” e o mineiro “Suçuarana”, que juntos receberam 13 troféus Candango.
Destaques da Mostra Competitiva Nacional
“Salomé”, dirigido por André Antônio, foi o principal destaque da competição, conquistando oito prêmios. Entre eles, os Candangos de Melhor Longa pelos Júris Oficial e Popular, além de Melhor Atriz Coadjuvante para Renata Carvalho, Melhor Roteiro, Direção de Arte e Trilha Sonora.
“Suçuarana”, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges, também teve grande destaque, levando cinco prêmios. Entre as categorias conquistadas estão Melhor Atriz para Sinara Teles e Melhor Ator Coadjuvante para Carlos Francisco, além de prêmios técnicos de Fotografia, Edição de Som e Montagem.
A direção do também mineiro “Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá”, assinada por Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna, foi reconhecida com o prêmio de Melhor Direção. Na categoria de Melhor Ator, Wellington Abreu venceu pelo filme brasiliense “Pacto da Viola”. E o cineasta Ruy Guerra recebeu uma menção honrosa pelo longa “A Fúria”, que encerra sua trilogia iniciada em “Os Fuzis“ (1964).
Curtas-metragens premiados
Na categoria de curtas, o Júri Oficial premiou o pernambucano “Mar de Dentro”, dirigido por Lia Letícia, que também foi reconhecida com o prêmio de Melhor Direção. Já o Júri Popular escolheu o paulista “Javyju – Bom Dia”, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães.
“Seu Corpo é Belo” (RJ), dirigido por Yuri Costa, conquistou três prêmios: Melhor Ator para João Pedro Oliveira, Melhor Direção de Arte e Melhor Edição de Som. Carlandréia Ribeiro foi reconhecida como Melhor Atriz por sua atuação em “Mãe do Ouro” (MG), enquanto “Kabuki” (SC), de Tiago Minamisawa, venceu na categoria de Melhor Trilha Sonora.
Destaque também para o curta brasiliense “Descamar”, que garantiu a Nicolau o prêmio de Melhor Roteiro. A grande Cristina Amaral foi premiada pela Montagem de “Confluências” (DF), da não menos gigante Dácia Ibiapina. O curta carioca “Dois Nilos”, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, recebeu uma menção honrosa.
Premiação da Mostra Brasília
Na Mostra Brasília, dedicada a produções do Distrito Federal, o documentário “Tesouro Natterer”, de Renato Barbieri, foi o grande vencedor, recebendo os prêmios de Melhor Filme pelo Júri Oficial, Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora. Já o Júri Popular escolheu outro documentário: “A Câmara”, de Cristiane Bernardes e Tiago Aragão, como Melhor Filme. Adriano Guimarães foi reconhecido como Melhor Diretor e Melhor Diretor de Arte por seu trabalho em “Nada”.
Entre os curtas, “Via Sacra”, de João Campos, venceu como Melhor Filme pelo Júri Oficial, e “Manequim”, de Danilo Borges e Diego Borges, foi o escolhido pelo Júri Popular. O ator Eduardo Gabriel Ydiriu, do longa “Manual do Herói”, e a atriz Gleide Firmino, de “Via Sacra”, foram reconhecidos por suas atuações.
Prêmios temáticos e homenagens
O Candango de Melhor Filme de Temática Afirmativa, concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, foi para “Confluências”, de Dácia Ibiapina. Já o Prêmio Zózimo Bulbul, que reconhece obras com enfoque em pautas raciais, foi atribuído aos curtas “Dois Nilos” e “Mar de Dentro”.
O prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) consagrou “Salomé” como Melhor Longa e “Kabuki” como Melhor Curta. O Prêmio Marco Antônio Guimarães, que reconhece filmes que trabalham a memória do cinema brasileiro, foi para “Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas”, de Miguel Freire.
O Prêmio Canal Brasil de Curtas-Metragens foi concedido a “Kabuki”, enquanto o Canal Like ofereceu apoio de mídia ao longa “Salomé”. O Troféu Saruê, outorgado pelo jornal Correio Braziliense, foi entregue ao filme “A Fúria”, de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti.
O Cine Brasília exibe os filmes vencedores do 57º Festival de Brasília, nas mostras Competitiva Nacional e Brasília, nos dias 8 e 9 de dezembro, com sessões gratuitas. A programação inclui os vencedores dos júris popular e oficial, encerrando as celebrações desta edição do festival.
vencedores 57º Festival de Brasília
Confira a seguir a lista completa de vencedores do 57º do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (para mais informações sobre cada filme, visite o site oficial):
Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Longas-metragens
Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial
“Salomé” (PE), de André Antônio
Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular
“Salomé” (PE), de André Antônio
Melhor Direção
Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna, por “Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá” (MG)
Melhor Ator
Wellington Abreu, por “Pacto da Viola” (DF)
Melhor Atriz
Sinara Teles, por “Suçuarana” (MG)
Melhor Ator Coadjuvante
Carlos Francisco, por “Suçuarana” (MG)
Melhor Atriz Coadjuvante
Renata Carvalho, por “Salomé” (PE)
Melhor Roteiro
André Antônio, por “Salomé” (PE)
Melhor Fotografia
Ivo Lopes Araújo, por “Suçuarana” (MG)
Melhor Direção de Arte
Maíra Mesquita, por “Salomé” (PE)
Melhor Trilha Sonora
Mateus Alves e Piero Bianchi, por “Salomé” (PE)
Melhor Edição de Som
Pablo Lamar, por “Suçuarana” (MG)
Melhor Montagem
Luiz Pretti, por “Suçuarana” (MG)
Prêmio Especial do Júri
Ao cineasta Ruy Guerra, diretor de “A Fúria” (RJ)
Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Curtas-metragens
Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial
“Mar de Dentro” (PE), de Lia Letícia
Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular
“Javyju – Bom Dia” (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães
Melhor Direção
Lia Letícia, por “Mar de Dentro” (PE)
Melhor Ator
João Pedro Oliveira, por “E Seu Corpo é Belo” (RJ)
Melhor Atriz
Carlandréia Ribeiro, por “Mãe do Ouro” (MG)
Melhor Roteiro
Nicolau, por “Descamar” (DF)
Melhor Fotografia
Fernanda de Sena, por “Mãe do Ouro” (MG)
Melhor Direção de Arte
Caroline Meirelles, por “E Seu Corpo é Belo” (RJ)
Melhor Montagem
Cristina Amaral, por “Confluências” (DF)
Melhor Trilha Sonora
Ruben Feffer e Gustavo Kurlat, por “Kabuki” (SC)
Melhor Edição de Som
Kiko Ferraz e Ricardo Costa, por “E Seu Corpo é Belo” (RJ)
Menção Honrosa do Júri
Ao filme “Dois Nilos” (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro
Prêmios da Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa
Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial
“Tesouro Natterer”, de Renato Barbieri
Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular
“A Câmara”, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão
Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial
“Via Sacra”, de João Campos
Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular
“Manequim”, de Danilo Borges e Diego Borges
Melhor Direção
Adriano Guimarães, pelo filme “Nada”
Melhor Ator
Eduardo Gabriel Ydiriuá, pelo filme “Manual do Herói”
Melhor Atriz
Gleide Firmino, pelo filme “Via Sacra”
Melhor Roteiro
Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges e Rodrigo Borges, pelo filme “Tesouro Natterer”
Melhor Fotografia
Emília Silberstein, pelo filme “Xarpi”
Melhor Montagem
Silvino Mendonça, pelo filme “A Sua Imagem na minha Caixa de Correio”
Melhor Direção de Arte
Maíra Carvalho, Marcus Takatsuka e Nadine Diel, pelo filme “Nada”
Melhor Edição de Som
Guile Martins e Olívia Hernández, pelo filme “Nada”
Melhor Trilha Sonora
Márcio Vermelho e Pedro Zopelar, pelo filme “Tesouro Natterer”
Menção Honrosa do Júri
À Juliana Drummond, pela excepcional performance nas apresentações da Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Prêmios da Mostra Caleidoscópio
Melhor Filme
“Filhas da Noite” (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério
Prêmio Especial do Júri
“Topo” (SP), de Eugenio Puppo
Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa
Candango concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir ao filme exibido pelo festival que melhor evidencia temáticas afirmativas.
“Confluências” (DF), de Dácia Ibiapina
Prêmio Zózimo Bulbul
Prêmio concedido por júri indicado pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). Excepcionalmente em 2024, o júri decidiu premiar dois curtas ao invés de um curta e um longa-metragem. São eles:
Melhor Curta-metragem
“Mar de Dentro” (PE), de Lia Letícia
Prêmio Especial do júri
“Dois Nilos” (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro
Prêmio Marco Antônio Guimarães
Prêmio concedido ao filme exibido que melhor trabalha memória e arquivo do audiovisual brasileiro, com júri indicado pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro – CPCB.
“Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas” (RJ), de Miguel Freire
Prêmio Abraccine
Prêmio concedido por júri indicado pela Associação Brasileira dos Críticos de Cinema.
Melhor Longa-metragem
“Salomé” (PE), de André Antônio
Melhor Curta-metragem
“Kabuki” (SC), de Tiago Minamisawa
Prêmio Canal Brasil de Curtas
Prêmio no valor de R$ 15 mil concedido pelo Canal Brasil ao Melhor Curta-metragem segundo júri montado pelo próprio canal.
“Kabuki” (SC), de Tiago Minamisawa
Troféu Saruê (Correio Braziliense)
Troféu concedido pelo jornal Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival de Brasília.
“A Fúria” (RJ), de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti
Prêmio Canal Like
Prêmio no valor de R$ 50 mil em apoio de mídia e publicidade em veiculação no Canal Like, concedido ao filme vencedor de Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial.
“Salomé” (PE), de André Antônio