O É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários divulgou no último sábado (12) os vencedores da edição especial que marcou seus 30 anos. A premiação contemplou produções nacionais e internacionais nas categorias de longa, média e curta-metragem.
O longa-metragem brasileiro “COPAN”, dirigido por Carine Wallauer, venceu a principal categoria nacional e recebeu o prêmio de R$ 20 mil, além do Troféu É Tudo Verdade. O júri destacou a proposta formal do filme e seu olhar sobre os conflitos contemporâneos.
Na categoria de curta-metragem brasileiro, o premiado foi “Sukande Kasáká / Terra Doente”, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal. A obra, que recebeu R$ 6 mil e o troféu oficial, aborda os impactos do agronegócio e a preservação de saberes indígenas. O júri também concedeu menções honrosas ao longa “Quando o Brasil era Moderno”, de Fabiano Maciel, e ao curta “PALAVRA”, de DF Fiuza.
Na mostra internacional, o longa “Escrevendo Hawa”, da diretora Najiba Noori, com coprodução entre França, Países Baixos, Catar e Afeganistão, foi o vencedor. O filme recebeu R$ 12 mil e o Troféu É Tudo Verdade. O curta “Eu Sou a Pessoa Mais Magra Que Você Já Viu”, da canadense Eisha Marjara, foi eleito o melhor na categoria curta-metragem internacional, e também recebeu R$ 6 mil e troféu.
Os vencedores das categorias principais são automaticamente qualificados para inscrição nas categorias de documentário do Oscar, segundo as regras da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA.
Premiações paralelas
Durante a cerimônia também foram entregues prêmios paralelos. “Dois Nilos”, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, recebeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil. “Sukande Kasáká / Terra Doente” foi premiado também com o Prêmio Mistika (R$ 8 mil em serviços) e recebeu menção honrosa da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual.
O Prêmio Maria Rita Galvão foi concedido ao longa “Bruscky: um Autorretrato”, de Eryk Rocha, reconhecido pela pesquisa de Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky. A obra também venceu o prêmio de melhor montagem na categoria longa, junto com o curta “PALAVRA”, ambos premiados pela EDT.
A edição de 2025 exibiu 86 produções de 30 países. As retrospectivas homenagearam o britânico Humphrey Jennings e o brasileiro Vladimir Carvalho. O festival foi realizado com patrocínio do Itaú, apoio do Sesc-SP, Spcine, Galo da Manhã e Itaú Cultural. A 31ª edição já tem data marcada: entre 9 e 19 de abril de 2026.