Após um novembro rechonchudo de bons lançamentos, encerramos 2016 com um mês misto, mas ainda assim interessante. A primeira quinzena não empolga muito, a não ser pela chance de vermos "Blow-up", de Antonioni, na tela grande, em cópia (digital) restaurada. Há, no entanto, o novo trabalho da Isabel Coixet. "Ninguém Deseja a Noite", e um dos inéditos no Brasil do Marco Bellocchio, "Sangue do Meu Sangue". Mais adiante, no dia 22, chega o mais recente dele, "Belos Sonhos".
Nós aqui no cinematório aderimos à hashtag #31DiasDeHalloween no Instagram (o que, você ainda não está nos seguindo?) e decidimos recomendar somente filmes de terror brasileiros. Hoje, a gente completa o "álbum de figurinhas" com aquele com quem começamos a brincadeira (ou travessura): o mestre José Mojica Marins, criador do Zé do Caixão. Para quem acha que não tem tanto filme assim dentro do gênero no Brasil, olha aí embaixo todos os filmes que nós indicamos. E ainda ficou muita coisa de fora!
Edição extra do nosso Transmissor com os filmes anunciados hoje pela organização da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que este ano chega à sua 40ª edição. Vamos direto aos destaques, extraídos diretamente do release que nos foi enviado
Outubro tem tudo para ser o mês mais fraco para lançamentos no circuito comercial em 2016. Também, pudera: com o Festival do Rio e a Mostra de São Paulo acontecendo, é natural que os distribuidores reservem muitos dos filmes mais interessantes de suas cartelas para esses eventos. Portanto, quem estiver num dos dois, aproveite!
Em seu quarto longa-metragem como diretor, Marco Dutra mantém os dois pés fincados no cinema de gênero. “O Silêncio do Céu” é um suspense hitchcockiano de primeira qualidade, mas esta não é uma referência gratuita, da homenagem pela homenagem, do estilo pelo estilo. Hitchcock aqui é gramática: no uso da luz, da ambientação, do som, dos cortes, dos planos de detalhe, do close-up extremo. Dutra até brinca ao fazer uma aparição em uma cena, mas o que torna original e madura a sua abordagem ao cinema do mestre é aquilo que ele já vinha fazendo em seus filmes anteriores: busca retratar medos contidos na vida doméstica.
Não é de hoje que os diretores latino-americanos são a bola da vez no cinema de horror contemporâneo. Hollywood logo percebeu a força desses cineastas e os importou para o seu mercado. O mexicano Guillermo del Toro, diretor de filmes como “Cronos”, “A Espinha do Diabo” e “O Labirinto do Fauno”, foi quem abriu as portas para sujeitos como o chileno Alejandro Amenábar, de “Os Outros”, o cubano Eduardo Sánchez, de “A Bruxa de Blair” e o uruguaio Fede Alvarez, do remake de “A Morte do Demônio”.
A franquia “Star Trek”, ou “Jornada nas Estrelas” para os fãs brasileiros saudosistas, comemora em 2016 a marca de 50 anos desde a exibição do primeiro episódio de sua clássica série de TV. Como não podia deixar de ser, o novo filme, “Star Trek: Sem Fronteiras”, presta diversas homenagens, principalmente ao saudoso ator Leonard Nimoy, intérprete do Sr. Spock, que morreu em fevereiro do ano passado.