Com a transferência dos grandes lançamentos de Hollywood para antes do tradicional "verão americano" (afinal, os principais filmes de super-heróis já foram lançados), junho foi esvaziado e não sobrou nada muito interessante. O único blockbuster que suscitava alguma expectativa era "Warcraft", pois seu diretor, Duncan Jones, vinha de um início promissor de carreira, tendo feito "Lunar" e "Contra o Tempo". Mas deu no que deu. Dos filmes dos grandes estúdios, portanto, minhas esperanças agora repousam em "Invocação do Mal 2" e "Procurando Dory" apenas. Sim, as continuações ainda imperam.
Sem dúvida que a diretora estreante Ana Lily Amirpour consegue criar cenas belíssimas na combinação da fotografia em preto e branco (assinada por Lyle Vincent) com a caprichada direção de arte (de Sam Kramer) e a intrigante trilha sonora (que mistura post-punk com instrumental "morriconiano"), mas a sensação é a de que ela quis fazer um filme estranho apenas para fazê-lo assumir a forma de um filme indie, só pelo estilo. Parece uma graphic novel viva (e, de fato, uma HQ baseada no filme está em produção).
Em “Cemitério do Esplendor”, de Apichatpong Weerasethakul, a magia e o misticismo evocados pelo enredo assumem formas naturais, sem qualquer tipo de artifício para representar o sobrenatural.
Neste ano, eu vou tentar fazer algo que eu sempre planejo fazer, mas que acabava não executando porque deixava o tempo passar e quando via, puf! O ano já estava acabando. Ao invés de publicar a lista de melhores e piores filmes do ano somente em dezembro/janeiro, eu vou atualizar o ranking a cada quadrimestre.