A intenção da Marvel em sacudir a continuidade de seus filmes é coerente, uma vez que o estúdio, desde o primeiro filme do Homem de Ferro, lá em 2008, se propõe a construir uma franquia de filmes e seriados de TV interligados, em que os eventos de uma história afetam a próxima, com maior ou menor efeito. No caso de "Capitão América: Guerra Civil" (Captain America: Civil War, 2016), as consequências deverão ser imensas. Isso é algo que o filme anterior do personagem, "Capitão América: O Soldado Invernal", já havia feito, com o desmantelamento da S.H.I.E.L.D. repercutindo em diversas instâncias. Aquela trama, na verdade, foi apenas o primeiro passo para que o acompanhamos aqui. Não há mais um arqui-inimigo a ser combatido, embora dois vilões arquetípicos estejam no filme (Rumlow/Ossos Cruzados, vivido por Frank Grillo, e Coronel Zemo, papel de Daniel Brühl). Os verdadeiros rivais são os próprios heróis. Se primeiro foi a corporação que implodiu, agora é a família.